quarta-feira, janeiro 30, 2008

Evolução

Não é de hoje que os animais vêm sofrendo com a evolução, este inimigo invisível e com o poder absurdo de quebrar a rotina. "Tec!" (barulhinho da rotina quebrando)

Sim, a evolução é uma doença. Uma doença tão grave quanto a difteria e seu "f" mudo e minúsculo. Talvez mais grave! Não, talvez muito mais! Mais ainda! Sim, com certeza mais! Droga... A importância da evolução evoluiu... "Tec!"

Para quebrarmos a evolução deste texto "Tec!"... (Por favor, não precisa mais colocar barulhinho, ok?). Para quebrarmos a evolução des... "Tuim!" (Mas o que foi isso? Não, não precisa colocar mais nada! Não, você não evoluiu o barulhinho, você só trocou o barulhinho! Não precisa mais me ajudar, obrigado... O quê? Eu cortei seu coração?) "Riiiip!"

...

Olha a evolução aí do seu lado!!!!
- AAAAAHHHHH!
Rsrsrs, tou brincando! A evolução é um inimigo invisível, mas não é um fantasma!

...

Bom, agora a história do sapo C415, pra quebrar a evolução deste texto. A série C foi a mais bem-sucedida nos experimentos da evolução; já as séries A e B foram pro lixo, mas tivemos o cuidado de colocar todos os sapos mortos empilhados, porque sapo deitado de costas é a coisa mais medonha que pode existir.

O sapo C415 é um sapo intelectual: usa óculos por causa da hipermetropia e gosta de ler romances do Sidney Sheldon. Tentamos tirar os óculos do nosso querido sapo enquanto ele lia e o resultado foi que ele não conseguia mais ler. Nosso sapo não fala muito. Aliás, ele não fala nada; a única coisa que escutamos de vez em quando é um resmungo que parece muito com a palavra "barba".

"Barba!"

Colocamos um Mach 3 na mãozinha dele e ele ficou olhando pro objeto com cara de assustado. Depois mudamos para um barbeador elétrico, mas não aconteceu nada. Vai ver é porque não há vestígios de barba no seu rosto. Eu amo esse sapo! Rsrsrs...

Um dos maiores indícios de evolução do sapo C415 - ou George para os íntimos - foi a presença de um sapo-anjo-da-guarda que sempre aparece pra lhe ajudar. Não é possível visualizar esse anjo, mas sabemos que sua presença é muito forte. Pra provar, trouxemos aqui um ralador de carne; vamos ver como George vai se sair desta vez:

"Barba!"

YYYIIIIÓÓÓÓNNNNBRUPTBRUPTBRUPTYOINBBBRRRRPPPPPTÓTÓTÓ!

...

Bom, com certeza foi um castigo de Deus...

Leia também:
"O esquilo G203"
"A importância do 'f' mudo e minúsculo"
"O dromedário A195"
"Ezequiel"
"O Juízo Final" de Sidney Sheldon

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segunda-feira, janeiro 28, 2008

Chúxī (除夕)

Liu Pai Lin viu Tchi A Mat na estação de trem da cidade de Tao Kung Chuan, China setentrional. Tchi A Mat estava parada na plataforma de Tui Shou. Apenas para passar o tempo enquanto esperava o trem, desenvolvia uma solitária luta coreografada em câmera lenta. Liu Pai Lin ficou encantado com a beleza do corpo de Tchi A Mat quando ela saltou sobre os trilhos e ricocheteou rumo à parede leste da estação, andando cerca de doze metros no teto enquanto se concentrava num item específico das palavras cruzadas Koh Q Telu: “Uma das três áreas do conhecimento da medicina tradicional chinesa que integram o conjunto das práticas milenares taoístas (5 letras)”:

- “Tai Na”, ela disse em voz alta e escreveu no espaço devido, deslizando do teto pela parede para voltar suavemente ao ponto de origem de sua breve série acrobática. Bocejou.

Foi neste instante que Liu Pai Lin criou coragem para cortejá-la. Respirou fundo e aspirou forte em kiai, tremendo a cabeça. Pôs-se a andar suavemente, deslizando os pés sem retirá-los do chão. Assim que se aproximou de Tchi A Mat, percebeu que em seus cabelos havia um pequeno ninho de grous-de-pescoço-negro, onde uma dedicada mãe alimentava três filhotes. Liu Pai Lin ficou extasiado ao ver os pássaros tão tranqüilos após aquela movimentada série acrobática.

Estava a dois passos de Tchi A Mat quando o trem chegou. Suas portas se abriram e exatamente um bilhão, quatrocentos e noventa e três milhões, setecentos e cinqüenta e quatro mil, cento e dezevone chineses desceram naquela estação, arrastando nossos dois protagonistas para fora da plataforma e além. Tchi A Mat e Liu Pai Lin foram empurrados pela enxurrada humana por dezessete longos anos planeta Terra afora. Durante este período, Liu Pai Lin conseguiu se comunicar com Tchi A Mat, ora gritando interjeições, ora fazendo sinais. Completaram as palavras cruzadas de Tchi A Mat apenas dois anos depois que as portas do trem se abriram. Quando completaram dezessete anos de arrasto, chegaram ao outro lado da estação. Poderiam enfim conversar em paz.

Liu Pai Lin a fitou e sorriu. Caminhou até ela e disse:

- Uma das três áreas do conhecimento da medicina tradicional chinesa que integram o conjunto das práticas milenares taoístas com 5 letras não é “Tai Na”. É “Tao In”.
- Não importa – ela respondeu – Perdi minha Koh Q Telu no quinto ano de nossa jornada.
- Os grous-de-pescoço-negro estão bem? – perguntou Liu Pai Lin.
- Sim – ela respondeu – E já estão na trigésima quarta cria.
- Assim será conosco, Tchi A Mat – disse Liu Pai Lin. apertando Tchi A Mat em seus braços enquanto ela serpenteava uma nova coreografia acrobática.

Daquele amor nasceram 23 filhos ilegais.
Estes lhes deram 457 netos ilegais.
Coroando o amor dos avós, 9140 bisnetos ilegais foram celebrarados.

Nosso casal original viu apenas o nascimento do primeiro de seus 27423 tetranetos ilegais, o pequeno Yo-Zhang. Nasceu no dia do ano novo chinês e, no futuro, seria o primeiro chinês a receber o prêmio Nobel de Literatura. Ele era estéril e gostava de grous-de-pescoço-negro ao molho shoyu acompanhados de rato à milanesa. Era um cara legal e nunca andou de trem.

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sexta-feira, janeiro 25, 2008

São Paulo, uma cidade metidinha

No dia de hoje, a cidade de São Paulo completa... muitos anos. Talvez mais do que deveria, tendo em vista o estado da ponte onde moramos sob. Ainda assim, é o motor do Brasil, movido a biodiesel e pastel. Uma curiosidade intrigante é que os estrangeiros que vêm pra cá gostam pouco de pastel, exceção feita aos japoneses. Por isso há tantos em São Paulo. Tantos pastéis, eu digo. Já pontes boas para se morar sob são poucas.

São Paulo tem o nome de um santo, Paulo de Tarso. Filho de Tarsila e pai de si mesmo, era tido como o mais importante dos apóstolos de Jesus justamente pela proeza. Não pela proeza de ser pai de si mesmo, mas sim por ter encarado Tarsila, seu primeiro milagre. Tarsila não gostava de homens porque era marciana e estava aqui “só olhando”, ela dizia. Quando Paulo lhe disse que poderia construir uma ponte entre a Terra e Marte, Tarsila cedeu. A ponte também, porque havia sido construída com areia santa do rio Jordão e porque os marcianos eram ateus e não botaram fé na obra. Depois disso, Deus mandou Jesus para Marte, onde Ele foi crucificado de novo. Seu apóstolo mais importante naquele planeta era Paulo de Marte, filho de si mesmo com Tarsila, depois que ela conseguiu voltar pra lá. Por carregar o nome de um santo garanhão, São Paulo tem essa fama de ser uma cidade metidinha, dizem os participantes da parada gay. Confessamos que colhemos os depoimentos in loco, mas nunca parados. A movimentação ali deve ser constante, quase como um militar sob fogo inimigo. O pastel mais vendido na parada gay era o de palmito.

A origem da cidade de São Paulo é de conhecimento até mesmo do reino mineral: depois da Guerra do Paraguai, San Pablo, pequeno vilarejo argentino que solitariamente apoiava os paraguaios, decidiu que se permanecesse naquele país, seria empanado por sua postura dúbia durante a guerra. Assim, numa noite austral, o vilarejo de San Pablo se aproveitou de uma falha tectônica abaixo de si e migrou lentamente para o país vizinho, a Irlanda, que também planejou e executou com sucesso sua migração para a Europa. Aproveitando o vácuo da Irlanda, San Pablo ganhou velocidade e alojou-se no Brasil, discretamente. Mudou seu nome para o idioma local e seu motor movido a biodiesel e pastel fê-la destacar-se entre os nativos. Mantém até hoje um olhar cúmplice para o Paraguai, com o qual tem estreitas relações, mas hoje legítimas. Legítimas dentro do possível, claro. Mas sem nota e sem garantia.

São Paulo encontrará seu fim no próximo fim do mundo, em data ainda a ser definida pelos doutores do blog do site da revista do grupo de humor nonsense Errata. Nossa ponte certamente encontrará seu fim antes e teremos que nos lançar aos braços acolhedores da maior megalópole abaixo do Equador que se tem notícia. Vejam, é só um abraço que queremos, nada de pecado. Também porque a cidade tem nome de santo e porque gostamos da Tarsila. E de pastel, mas nunca de palmito.

Então, feliz aniversário, antigo vilarejo de San Pablo! Brindamos seus anos com um uísque metidinho! Adivinhe de onde.

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quarta-feira, janeiro 23, 2008

Três anos sem Johnny Carson



Tinha a canequinha do Carson, o sexteto do Carson, o beijo do Carson e o Programa do Carson, diariamente (menos nos fins de semana) às onze e meia da noite. De vez em quando atrasava por causa da soap opera, do football, ou porque a rotação da Terra diminuia. Aí mudaram o nome para Late Show e o resto do mundo passou a ser o Paraguai. Hooray!

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terça-feira, janeiro 22, 2008

Errata Comics: O Homem-Bala Perdida





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sexta-feira, janeiro 18, 2008

Humor - Notícias de um mundo nonsense



Não tá caro?

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quarta-feira, janeiro 16, 2008

Uniálogo

Duas letras se encontram na rua. Uma vogal e outra consoante.


A: Menino, quanto tempo!

H: ≠

A: Nada, só pintei o cabelo.

H: ...

A: Que foi?

H: _ _ _ _ _ _ _

A: Não me diga?!

H: $

A: Levaram tudo?

H: !

A: Precisa tomar cuidado... Mas e a família, como vai?

H: ±

A: Por quê?

H: ÷

A: Ah não.

H: ∞

A: Pois é eu também pensava que era, vocês se davam tão bem.

H: } {

A: Não acredito! Ela trocou as chaves? Tô passada.

H: ( )

A: Eu faria a mesma coisa, mas não é bom ficar muito tempo na casa de parentes. No começo tudo bem, mas depois já viu, fica aquela energia...

H: -

A: E o lance de morar fora tá de pé ainda?

H: £

A: Tenho um amigo morando lá, posso te passar o telefone dele.

H: @

A: Passo também. Escuta, já viu o preço da passagem?

H: π

A: E se você for por Barcelona?

H: <

A: Compensa hein. Ah, só que periga eles não deixarem você entrar.

H: =

A: É verdade, igualzinho sua mulher hahaha... ai ai... Fico contente que você esteja bem apesar disso tudo. Que horas são hein?

H: 2h30

A: Tá ficando tarde, tenho que ir. A gente se fala, tchau.

H: .

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segunda-feira, janeiro 14, 2008

Cento e dez anos sem Lewis Carroll



Famoso por ser o Michael Jackson de 1850, Carroll vivia no país das maravilhas e, como todo bom matemático, vivia perguntando à sua amiga Alice: "por que um corvo se parece com uma escrivaninha?"

Sentimos sua falta (seu louco).

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sábado, janeiro 12, 2008

Aviso aos navegantes

O blog do site da revista do grupo de humor nonsense Errata informa que a partir de hoje os erratonautas têm um canal de comunicação direta com os doutores. Um não, três! Mas vocês só vão poder usar dois. Os outros seis são para levantarmos patrocínios para a série de workshops que estamos planejando sobre o fim do mundo. Não vai demorar, prometemos. Falo da série de workshops. É, e do fim do mundo também (hihihi). Mas ó: shhhhh! Em silêncio e discretamente, dêem uma olhada (de soslaio) na barra lateral do blog e procurem o campo “Contato”. Aí não, pô! Nós dissemos “barra lateral”. Isso! Agora, discretamente, ajustem seus relógios para 2h30. Por quê? Shhhhh!

REDAÇÃO: Eu tenho tanto / pra lhe falar / mas com palavras / não sei dizer / então eu vou / desenhar / pra você.
Mas sejam críticas, sugestões, pedidos de cadeiras de rodas ou listas de compras de supermercados, só leremos os desenhos que vierem coloridos. E em papel quadriculado.

PODCAST: Participe da primeira edição do Erratacast! Os doutores irão ler os e-mails ao vivo, mas vocês ouvirão a versão gravada. E tem mais! Hã? Quê? Ah... Não posso falar, pessoal. Desculpa.

COMERCIAL: Negócios! Business! Camisetas! Patrocínios! Workshops! Fim do Mundo! Não, não, não é agora, volta aqui, pô!!!

E saravá, sarashiva e sarkozy!

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quarta-feira, janeiro 09, 2008

A Despedida

Arthur Aikin e mais seis amigos tentavam se proteger de um tiroteio dentro de um pequeno depósito feito de madeira. Arthur estava à porta, Paul Karrer olhava pela janela, Otto Hahn ajoelhou-se num canto, Loretta Jones abraçava Tadeus Reichstein e o pequeno Kurt Wüthrich, 4 anos de idade e baleado duas vezes, estava desmaiado no chão. Loretta tem dupla personalidade, por isso a contamos como duas.

Silêncio total. Tadeus acende um cigarro.


“Desde quando você fuma?”, pergunta Loretta.
“Depois eu te digo”, responde Tadeus.

“Vem vindo alguém”, diz Paul baixinho. Sim, Paul é baixinho.
“Eu nunca entendi nomes no plural”, diz Otto a Tadeus, esticando a mão para pedir um trago.
“E pra que você quer entender?”, pergunta Tadeus.
“Depois eu te digo”, responde Otto.

“Galera, vocês vão precisar dessas armas. Parece que vem vindo alguém aí”, diz Arthur.
“Nossa, de onde você tirou todo esse equipamento?”, pergunta Paul baixinho. Sim, ele falou baixo.
“Depois eu te conto”, responde Arthur.

PTUIM!
Um tiro.

“Isso foi um tiro?”, pergunta Otto.
“Depois eu te digo. Alguém se machucou?”, responde e depois pergunta Arthur.
“Annhh”, gemeu o pequeno Kurt. Pequeno porque ele é novo e não porque é baixinho como o Paul.
“Acertaram o Kurt de novo! Não é melhor a gente deixar ele num lugar mais seguro?”, pergunta Loretta.
“Onde te acertaram Kurt?”, pergunta Tadeus.
“No… ai… d-depois e-u te digo…”, diz Kurt desmaiando de novo.
“Silêncio pessoal! Parece que a coisa vai engrossar”, diz Paul tocando baixo. O instrumento.

“Nossa, aonde você aprendeu a tocar tão bem?”, pergunta Debora Dietrich, alter ego de Loretta.
“Ai!” grita Kurt.
“Desculpa.”, diz Débora, depois de ter pisado no saco do pequeno.
“Ah, agora entendi! A Loretta tem dupla personalidade, então eu posso chamá-la de Lorettas!”, diz o ignorante Otto.

PTCHIUM!
Uma bala acerta um balaústre de chumbo que cai sobre Otto, dividindo-o ao meio.

“Agora eu vou te chamar de Ottos”, satiriza Tadeus.
Todos começam a dar risadas. Menos o Kurt, que está agonizando.

“Ei, encontrei uma porta aqui no chão! Desce todo mundo!”, grita Paul lá de baixo.
“O que tem aí embaixo?”, pergunta Debora.
“O que tem aí embaixo?”, pergunta Loretta.
“Depois eu te d…”, grita Paul, usando o suspense como golpe baixo.
“Paul, Paul!”, grita Arthur.

PATAM! PATUM!
Debora leva um tiro na cabeça e Loretta leva um tiro no coração.

“Oh meu Deus, Loretta, Loretta, não morra! O que eu vou fazer sem você?”, chora Tadeus.
“Depois eu te digo…” suspira Loretta antes de morrer.

“Que som é esse?”, pergunta Arthur.
“Snif… É o Paul tocando baixo bem baixo lá embaixo”, responde Tadeus.
“Vamos descer também. Leve o pequeno Kurt”, diz Arthur.
“Tá bom…OOOOOPS!!!”, diz Tadeus ao deixar Kurt escorregar e cair em cima de Paul, quebrando seu pescoço.
“Aii…”, geme Kurt em cima do corpo de Paul.

“Cococó” cacareja uma galinha do lado de fora.

O tumulto faz o chão ceder e parte da madeira do assoalho rasga a barriga de Tadeus. As paredes começam a ruir e um pedaço de concreto esmaga as pernas de Kurt. Exatamente acima dele, Arthur fica pendurado na fiação.

Em dois minutos, Tadeus morre de hemorragia, Kurt percebe que não sente nada do quadril pra baixo e Arthur começa a escorregar rumo à parte desencapada dos fios. Se Arthur levar o choque, ele morre; se soltar a fiação e cair, matará Kurt. O que fazer?

Depois eu te digo.

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terça-feira, janeiro 08, 2008

20 dicas para entrar no ano novo ortodoxo com o pé direito

Texto traduzido e adaptado do original, escrito pelo ucraniano Deda Mraz em 7 de janeiro de 1958.

1 – Por favor, limpe os pés antes de entrar;

2 – Descubra qual o seu pé direito;

3 – É aquele que você usa pra chutar macumba;

4 – Caso você seja canhoto, use o pé de apoio;

5 – Levante-se do chão;

7 – Use o pé esquerdo como pé de apoio;

8 – Caso você não tenha o pé direito, peça um emprestado praquele seu vizinho leproso;

9 – É aquele que ele usa para coçar as costas;

10 – Caso você seja paralítico, peça para que um amigo empurre sua cadeira de rodas com o pé direito;

11 – Caso ele seja canhoto, peça pra que use um pé-de-cabra;

12 – Levante-se do chão;

13 – É um milagre!!

14 – Ahh, o caso é que você não tem amigos? Então, conquiste algum pela internet;

15 – Sei lá! Chat, MSN, Orkut, se vira!

16 – Sem sucesso? Você deve ser muito chato;

17 – Não! Eu não quero ser seu amigo!

18 – Descubra uma forma lenta e dolorosa para cometer suicídio;

19 – Google, cacete!

20 – Clique aqui.

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segunda-feira, janeiro 07, 2008

A Estranha Bulgária

Há exatamente... exatamente... er... (espera)... AH, SETE!... Há exatamente sete dias, a humanidade realizou o maior flash mob de sua história ao olhar para o céu com a boca aberta e assistir à explosão de milhares de ÓVNIS ao redor do mundo quadrado em que vivemos para a celebração do ano novo, mas a chegada de 2008 foi saudada de diversas outras formas por diferentes povos: houve um foguetório na França, um pandemólio no Quênia, um capitólio nos Estados Unidos e a explosão de um mictório em Bermudas (o filho de Long Dong Silver livrou-se de uma pedra nos rins e passa bem obrigado). Mas isso nada tem a ver com a história a seguir. Bom, até tem mas... Dr. Gori, me empresta o seu telescópio? O que é aquilo voando em direção à lua?

A REVISTA ERRATA ALERTA: os eventos descritos abaixo podem causar palpitações, perda do sono, febre alta, cólicas, espancamentos, saltos com vara e um tique nervoso conhecido por “morte lenta seguida de ressurreição em três dias e posterior subida aos céus”.

Apesar de toda a alegria que a vinda do ano novo causou, um país dos Bálcãs não achou graça alguma por considerar a piada velha e repetitiva... Não, tô brincando. A Estranha Bulgária, um pequeno país limitado a norte pela Estranha Romênia, a leste pelo Mar Negro, a sul pela Estranha Turquia e pela Estranha Grécia e a... humm... OESTE!... e a oeste pela Bruxa Má (não é Estranha?... estranho), não teve o que celebrar porque a virada para 2008 não aconteceu naquele país. A Estranha Bulgária ainda está em 2007. Mas quem se importa? Eu, oras! Quê? 2h30?

Decidido a investigar o fato, pesquisei no Google a melhor maneira para chegar na Estranha Bulgária mas ei, camelos têm uma, duas ou três corcovas? Por sorte eu conheço uma capivara chamada Shiva que mora em Bombaim, na Estranha China, país vizinho da Estranha Bulgária a... a... norte já foi... a... a... ATCHIM! Desculpa. Shiva é tratada por um pequeno e estranho chinês que realiza qualquer trabalho em troca de coelhinhos azuis de pelúcia. Foi assim que Chan-Sons D’a Mour tornou-se nosso correspondente nesta missão jornalística. Chan-Sons, a palavra é sua, mas o telescópio é só emprestado, viu?

- Doutolo Bannele, é tellível! A Estlanha Bulgália continua na noite de 31 de dezemblo de 2007! Todos os lelógios estão malcando 23h59! As pessoas ainda estão nas luas, sem dolmili há sete dias e muitas já peldelam as espelanças de vele 2008 acontecele no país. É uma tlagédia. Nada de foguetólio, nem uma bilibinha foi estoulada. A única coisa difelente que vi nos céus da Estlanha Bulgália foi um mictólio olbitando a Lua. A Lua, não a lua. Este telescópio é muito bom! Made in Stlange China!

- Mas Chan-Sons D’a Mour, há alguma explicação sobre o não-acontecido?

Ele não respondeu, porque estávamos nos comunicando por fax e fiz a pergunta em voz alta. Espera:

- TUIIIICHUNKCHUNKCHUNKCHUNKCHUNKCHUNKTUIIII!

Chan-Sons, recebeu? Tá legível? Putz, perguntei em voz alta de novo...

- TUIIIICHUNKCHUNKCHUNKCHUNKCHUNKCHUNKTUIIII!

Esperei o máximo que pude antes de publicar este texto, mas não obtive retorno de Chan-Sons D’a Mour. Provavelmente ele recebeu o fax e respondeu em voz alta. Algum de vocês está com um tique nervoso muito chato? Não respondam em voz alta. Alguém pode achar estranho.

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sexta-feira, janeiro 04, 2008

Vinte anos sem Henfil



Pô, e daí que ele tinha sangue ruim?

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quarta-feira, janeiro 02, 2008

Ele chegou

É grande e gordo e vermelho e amarelo e cinza-escuro e pisca e é frágil e rápido e diz-se muito bem e dizem que dizem mal e é quente e frio e bem torneado e flexível e funcional e cristalino e amplo e vigoroso e moderno e rápido e valente e incrível e profundo e divertido e paciente e memorável e úmido e macio por dentro e sedutor e irresistível e muito melhor que os outros e rápido e estável e indispensável e clássico e assim e assado e adorna e modela e pinta e borda é lindo é único é estiloso é pratico é autêntico é metálico é plástico é rápido é estético é engraçado é diferente é do jeito que você queria é mais é completo é salgado e doce é estranho é saboroso é perfeito é rápido e parece estar vindo nesta direção. Pô, parece mesmo... Cacete, como é rápido! JESUSFUCKIN'CHRIST, ESTÁ MESMO VINDO NESTA DIREÇ... CHOMP!

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