sexta-feira, janeiro 25, 2008

São Paulo, uma cidade metidinha

No dia de hoje, a cidade de São Paulo completa... muitos anos. Talvez mais do que deveria, tendo em vista o estado da ponte onde moramos sob. Ainda assim, é o motor do Brasil, movido a biodiesel e pastel. Uma curiosidade intrigante é que os estrangeiros que vêm pra cá gostam pouco de pastel, exceção feita aos japoneses. Por isso há tantos em São Paulo. Tantos pastéis, eu digo. Já pontes boas para se morar sob são poucas.

São Paulo tem o nome de um santo, Paulo de Tarso. Filho de Tarsila e pai de si mesmo, era tido como o mais importante dos apóstolos de Jesus justamente pela proeza. Não pela proeza de ser pai de si mesmo, mas sim por ter encarado Tarsila, seu primeiro milagre. Tarsila não gostava de homens porque era marciana e estava aqui “só olhando”, ela dizia. Quando Paulo lhe disse que poderia construir uma ponte entre a Terra e Marte, Tarsila cedeu. A ponte também, porque havia sido construída com areia santa do rio Jordão e porque os marcianos eram ateus e não botaram fé na obra. Depois disso, Deus mandou Jesus para Marte, onde Ele foi crucificado de novo. Seu apóstolo mais importante naquele planeta era Paulo de Marte, filho de si mesmo com Tarsila, depois que ela conseguiu voltar pra lá. Por carregar o nome de um santo garanhão, São Paulo tem essa fama de ser uma cidade metidinha, dizem os participantes da parada gay. Confessamos que colhemos os depoimentos in loco, mas nunca parados. A movimentação ali deve ser constante, quase como um militar sob fogo inimigo. O pastel mais vendido na parada gay era o de palmito.

A origem da cidade de São Paulo é de conhecimento até mesmo do reino mineral: depois da Guerra do Paraguai, San Pablo, pequeno vilarejo argentino que solitariamente apoiava os paraguaios, decidiu que se permanecesse naquele país, seria empanado por sua postura dúbia durante a guerra. Assim, numa noite austral, o vilarejo de San Pablo se aproveitou de uma falha tectônica abaixo de si e migrou lentamente para o país vizinho, a Irlanda, que também planejou e executou com sucesso sua migração para a Europa. Aproveitando o vácuo da Irlanda, San Pablo ganhou velocidade e alojou-se no Brasil, discretamente. Mudou seu nome para o idioma local e seu motor movido a biodiesel e pastel fê-la destacar-se entre os nativos. Mantém até hoje um olhar cúmplice para o Paraguai, com o qual tem estreitas relações, mas hoje legítimas. Legítimas dentro do possível, claro. Mas sem nota e sem garantia.

São Paulo encontrará seu fim no próximo fim do mundo, em data ainda a ser definida pelos doutores do blog do site da revista do grupo de humor nonsense Errata. Nossa ponte certamente encontrará seu fim antes e teremos que nos lançar aos braços acolhedores da maior megalópole abaixo do Equador que se tem notícia. Vejam, é só um abraço que queremos, nada de pecado. Também porque a cidade tem nome de santo e porque gostamos da Tarsila. E de pastel, mas nunca de palmito.

Então, feliz aniversário, antigo vilarejo de San Pablo! Brindamos seus anos com um uísque metidinho! Adivinhe de onde.

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