segunda-feira, dezembro 31, 2007

E 2008 já está aí... Não, está aqui, ó!

Dr. Albieri, Dr. Banner, Dr. Gori, Dr. Jekyll, Dr. Jivago e Fanonov, o fantasma do ano novo, estavam voltando a pé da padaria quando, de repente:

Dr. Gori – C'est qui ce mec? ("Quem é esse cara?", apontando para Fanonov e falando em francês só pra todos repararem que ele está tomando aulas)
Dr. Jivago - Não, eu tenho um PC. Mas quem sabe no ano que vem? Por enquanto me contento com esse papagaio.
Dr. Jekyll - Todo de branco... Deve ser um padre, um pai-de-santo, um abominável homem das neves, um Roberto Carlos Especial ou qualquer um desses seres míticos. Um médico não é porque... nosso branco é... nosso branco é de uma outra tonalidade... mais neutro... neutro, mas brilhante. Ace todo branco fosse assim. Ace eu não lesse os parênteses.
Dr. Banner - Mas... Se este é o fantasma do ano-novo, isso quer dizer que ele morreu!!! Então o mundo vai acabar antes de 2008 mesmo!!! Estávamos certos!!!
Dr. Albieri - Eu posso fazer um clone do ano de 2008. Só pra gente poder pôr em prática o que planejamos. E não estou falando da tempestade de jujubas.
Fanonov - Humm... Eu gostar de jujubas.



Dr. Jekyll - Branco como ouro, branco como rio, branco como queijo branco no pão com goiabada até me fartar... Fantasma? Planejamos? Jujubas? Perdí algo? Cadê os parênteses?
Dr. Gori – Quem eu estou enganando? Vocês não me ouvem nem em português, quanto mais em francês! Meus parentes estão no espaço, onde eu deveria estar... (suspira) E que droga de padaria é essa que não tem pãozinho quente, mas tem papagaio pra vender?
Dr. Jivago – Acho que vou tirar o bigode também, tá começando a cheirar. Fanonov, você é gringo?

Papagaio – Jujuba!
Papagaio 2 – Jujuba!

Dr. Banner – Jiva, você comprou dois papagaios?
Dr. Albieri - Fui eu que clonei, não resisti.
Fanonov – Desculpar cortar o conversa de vocês doutores, mas eu querer saber o que vocês planejar pra 2008. Ser muito engraçado ver pessoas planejar futuro.
Papagaio 3 – Jujuba!
Dr. Albieri – Desculpa…



Dr. Jekyll [olhando para a câmera e sorrindo] É isso aí Erratonauta! Neste ano que está pra chegar teremos muitas surpresas pra vocês, idéias incríveis que deixarão vocês muito felizes, idéias limpas, idéias brancas como creme de leite, brancas como a areia, brancas como suco de laranja…
Dr. Gori – O Jeckyll sorrindo é assustador…

Dr. Jivago [olhando para a câmera e com uma mosca no bigode] Não perca a nossa fotonovela! Ação, emoção, poesia, sexo… sexo… sex…o… Sexo! Sexo, sexo, sexo! SEXOOO!!! SEXOOO!!! SEEEXO! SEXO SEXO! SEXOOOOOOOOOOCOF, cofff!! Gasp!!! Tinha uma mosca no meu bigode! Maldito bigode! Cof!

Dr. Banner – Ei Fanonov, porque você está dando risada?
Fanonov – Nada, nada, eu lembrar de um outro blog que ser muito engraçado… Poder continuar…

Papagaio 5 – Jujuba!

Dr. Banner [olhando para a câmera]E se você gosta de humor, não perca a nossa sessão de humor e…
Fanonov – Hahahaha!
Dr. Banner – e… a sessão de humor que…
Fanonov – HAHAHAHA!
Dr. Banner – Quer parar, por favor? Eu tou tentando…
Dr. Gori - Oh, mon Dieu… Fanonov, pega leve! A veia do pescoço do Banner está dilatando! Ou melhor, duas veias? Banner, calma! Desde quando você tem duas veias?
Dr. Albieri – Fui eu de novo, tou entediado…

Papagaio 6, 7 e 8 – Jujubaaaaa!



Dr. Gori – Albi, termina o texto do Banner; Jeckyll chama o Karas, fala pra ele trazer um chá pro Banner e diz que ele pode pegar minha nave. Jekyll? Jekyll?
Mr. Hyde – Branco… branco… branco… verde… v… vermelhoooooooo… hehehehe

Dr. Albieri [sorrindo para a câmera] Sim, teremos uma editoria de Humor. Notícias reais desse mundo nonsense, tão bizarras que não poderiam ser fruto da imaginação de ninguém!

Hulk – WWRRRROOOOOAAAAAAARRRRRGGGGGHHHHHH!!!

Dr. Albieri [sorrindo para a câmera] Sim, teremos uma editoria de Humor. Notícias reais desse mundo nonsense, tão bizarras que não poderiam ser fruto da imaginação de ninguém!
Dr. Jivago – Cof, cof… você já falou isso Albieri.

Papagaio 9, 10, 11, 12, 13 ao 34 – Jujuba!!!
Fanonov – Ridículo!
Mr. Hyde – Ri-dí-cu-lo…
Dr. Jivago – Você é o Mr. Hyde ou o Barbosa?
Hulk – FANONOOOOOOOOAAAAAAAAAVVVVVVV!!!



Dr. Albieri [sorrindo para a câmera] Sim, teremos uma editoria de Humor. Notícias reais desse mundo nonsense, tão bizarras que não poderiam ser fruto da imaginação de ninguém!
Dr. Gori – Cacete! Albieri pára de clonar papagaio! Ah não, só faltava essa, o Hulk tá pensando que é um papagaio!
Mr. Hyde – Pa-pa-gai-o…
Dr. Jivago – Olha, os papagaios estão no fio de luz! Parece que eles querem dizer alguma coisa!
Fanonov – Eu achar que eles van dizer jujubes. Papagaios son estúpidos…

Papagaios – FELIZ ANO NOVOOOAAARRRRGGGGHHH!
Dr. Gori – Hulk, sai daí!

Dr. Albieri [olhando pra câmera] Que a felicidade venha em dobro em 2008 pra vocês!
Mr. Hyde – Dois mil… oito… ter… site… www.revistaerrata.com.br… Dois mil… oito…

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sexta-feira, dezembro 28, 2007

A Banana que fumava

Já dizia Melancia Wilhelm Nietzsche "Há bananas que já nascem póstumas".

De acordo com Dráuzio Abacaxi Varella, o câncer de pulmão é a mais temível complicação associada à carambola. Em 90% dos casos é uma maçã que acomete os fumantes e em apenas 10% deles acomete laranjas que nunca fumaram. No início do século XX, quando a epidemia do açaí ainda não havia se disseminado, era uma jaca raríssima. Hoje é o coco que mais mata limões e uvas de Tokay, na Hungria, já que elas também estão suscetíveis à peste, uma vez que também se tornaram dependentes desta droga nefasta.

A fumaça do cigarro contém mais de quatro mil cajus nocivos ao organismo. Entra pelos morangos e se distribui no interior do cupuaçu até alcançar os pêssegos, onde está localizada a goiaba por onde a fumaça é carregada, não havendo maneira de tirá-la dali. Por isso, o guaraná de um fumante adquire esse aspecto negro como um maracujá (o maracujá é meu!), como demonstrado nas imagens 1A e 1B, infelizmente não disponíveis neste blog. Apenas para efeito de comparação, o mamão de um jovem ou adulto não-fumante é rosado (tá bom! É verde!).

Dos tamarindos impregnados pelo tabaco é possível retirar facilmente pedaços de pêra com uma pinça, durante uma cirurgia de cupuaçu. Eles parecem pontas de ingá que fazem barulho quando arremessados com força numa pilha de castanhas-do-Pará. No entanto, o pior de tudo não é a pitanga, nem o aspecto físico do melão, mas sim as substâncias cancerígenas presentes no abacate, que no decorrer dos anos provocam o aparecimento de jabuticabas malignas, especialmente nas bananas que fumavam.

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terça-feira, dezembro 25, 2007

Trinta anos sem Charles Chaplin



Autor de frases hilárias como "A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe" e "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei", foi tão intragável em vida quanto na morte, estragando o Natal de muita gente. Mas não o nosso, nem o de vocês. Quê? Ah, estragou o do Dr. Jivago... Ainda assim, um feliz Natal, erratonautas!

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sábado, dezembro 22, 2007

As principais diferenças entre Natal e Carnaval

Apesar da rima, é errado dizer que essas datas não possuem diferenças entre si. Prova disso é a palavra “sal”, que também rima, mas todo mundo sabe pra que é que serve. As palavras “bacanal”, “universal”, “legal”, “astral”, “lual”, “mal” (contrário de “bem”), “mau” (contrário de “bom”) e “jaboticabal” também fazem parte dessa teoria. Algumas palavras como “mingau”, “cereal” e “matinal”, além de rimar, fazem um bom café da manhã. Já a palavra “leite” não se encaixa em nenhuma das nossas teorias, assim como “café”, “torrada” e “queijo fresco com peito de peru fatiado”.

Dif. 01 - O Natal é uma festa cristã, o Carnaval é uma festa pagã (novamente, desconsidere a rima);
Dif. 02 - No final do Natal tem queima-de-fogos, no final do Carnaval tem Quarta-Feira-de-Cinzas;
Dif. 03 - No Natal tem árvores de Natal, no Carnaval não tem árvores de Carnaval;
Dif. 04 - Natal ao contrário é Latan, Carnaval é Lavanrac;
Dif. 05 - A festa de Natal não coincide com a entrega do Oscar, o Carnaval sim;
Dif. 06 - O Carnaval coincide com a festa do Oscar, o Natal não;
Dif. 07 - O Oscar dá prêmios para filmes natalinos, mas nunca deu para filmes carnavalescos;
Dif. 08 - O gênero comédia também é discriminado pelo júri do Oscar, o que não acontece no Troféu Imprensa;
Dif. 09 - O Silvio Santos apresenta o Troféu Imprensa, mas nunca apresentou o Oscar;
Dif. 10 - O Lombardi sempre acompanha a carreira de Silvio Santos, o Clodovil não;
Dif. 11 - No Natal todo mundo dá presente, no Carnaval o... que é bom ninguém quer dá;
Dif. 12 - No Natal eu como o peru e no Carnaval o peru me come... (quem escreveu isso?);
Dif. 13 - No Natal tem “Ho-Ho-Ho”, no Carnaval tem “Alalaô” (ambos significam “óleo de gengibre”, a diferença está na pronúncia);
Dif. 14 - No Natal eu como o peru e no Carnaval o peru me come.... (por%%@! Denovo?!);
Dif. 15 - No Natal tem Papai Noel, no Carnaval tem Pai de Santo... Bom, na Bahia eu sei que tem;
Dif. 16 - No Natal se come noz, no Carnaval eu como vocês. E, por falar nisso, no Natal eu como o peru também (isso ta ficando chato);
Dif. 17 - No Natal minha mãe quer um vestido, no Carnaval “mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar…” (horrível);
Dif. 18 - Se misturarmos as duas datas teremos Narnaval ou Cartal e, mesmo não significando nada, ainda teremos duas coisas diferentes;
Dif. 19 - A frase "neste Carnaval pegue no meu..." nem de longe caberia para o Natal (apesar da rima novamente);
Dif. 20 - No Natal eu vou de carro, no Carnaval eu vou de ônibus (???);
Dif. 21 - No Natal temos “amigo-secreto”, no Carnaval temos “desejos-secretos…” (foi o mesmo do peru, tenho certeza);
Dif. 22 - No Natal. Yes Carnaval;
Dif. 23 - No Natal eu encontrei Jesus e comi cuscus, no Carnaval eu encontrei a Daniela e comi ela… Tá bom, tá bom, “eu a comi”;
Dif. 24 - Os hidratos de carbono também são conhecidos como carboidratos ou glicídios ou aldeídos ou cetonas polihidroxiladas;
Dif. 25 - A frase "Você viu a mangueira entrar?" não tem muita graça quando dita no Natal; a frase "Você viu o peru entrar?" não tem muita graça quando dita no Carnaval, ainda mais pra quem viu ele entrar (ou não... vai saber);
Dif. 26 - É… John Lenon compôs uma música de Natal, a Yoko Ono fica pelada pra protestar;
Dif. 27 - Mais? Deixa eu ver… Ninguém quer ver a Yoko Ono ou a Simone pelada. Todo mundo quer ver a Sandy pelada;
Dif. 28 - O Júnior é gay;
Dif. 29 - O Papai Noel é gay;
Dif. 2:30 - O Clodovil... não acompanha a carreira do Silvio Santos.
Dif. 2301 - No Natal… Papagaio no fio de luz não anda de ré.

Bom, como você viram, existem milhares de diferenças que comprovam que o Natal não tem nada a ver com o Carnaval, mas infelizmente, não cabe tudo aqui na nossa matéria. Na próxima edição “As diferenças entre Natal e Páscoa”.

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quarta-feira, dezembro 19, 2007

ENTREVISTA 033: André Dahmer (Malvados)



Ele não é o gato do Gargamel, mas é cruel. Não é efervescente, é ácido. Gosta de petúnias, mas não é nenhuma flor que se cheire. Ele é: MALVADO! André Dahmer (http://www.malvados.com.br/) se alimenta da desgraça alheia e o que sobra é um banquete servido quente para seus leitores, mas num prato frio... Dahmer nos recebeu na porta de sua casa e... nada, nem um cafezinho, aliás, a entrevista foi ali mesmo, na porta. Foi intolerante às risadinhas que dávamos a cada cinco minutos e tivemos que mandar o Dr. Albieri pra casa, quem tolelaria? Fomos tolerantes à intolerância e ele acabou tolerando nossa tolerância à sua intolerância, que diga-se de passagem, foi intolerante. O telefone tocou e ele foi atender, demos uma espiada e vimos um vaso de flores perto da tv Philips HDTV de 48 polegadas. Duas horas depois ele aparece com uma pintura e disse: “eu pinto também” e completou: “eu tinha esquecido de vocês”. Durante a entrevista, Dahmer desamarrou os cadarços dos nossos tênis, nos fez comer bolinhos de fubá sem cafezinho, foi intolerante mais umas três vezes, nos mostrou o seu mapa da blogosfera dizendo que era o maior que a gente encontraria e, entre um gole e outro de vinho, respondeu nossas perguntas... olhando pro céu.

Revista Errata - Com este seu sobrenome alemão de canibal americano, os Malvados são então uma expressão artística que está salvando o mundo de todo o seu real potencial?
Dahmer - É, tem esse meu primo guloso de Milwaukee, né? Sempre me perguntam isso em entrevistas. O cara matou, cortou e comeu mais de uma dezena de garotos há uns dez anos. Soube depois que mataram o cara na prisão um tempo atrás. Bem, eu até gosto de carne, mas realmente canibalismo não está na minha área de interesse...

Revista Errata - Peraí... O Hitler também pintava...
Dahmer - O Hitler era um pintor mediano, provavelmente não tinha sensibilidade suficiente para ingressar numa carreira de pintor. Ele foi rejeitado na academia de Belas Artes, mas isso não é desculpa para fazer o que ele fez.

Revista Errata - Falando em Alemanha, o seu humor tem um tom à inglesa que, curiosamente, não pega bem em outras mídias no Brasil. Esta é realmente uma influência no seu trabalho ou eu não deveria misturar meu remédio com cerveja?
Dahmer - Eu até gosto do humor inglês, mas mesmo assim você não deveria misturar o seu remédio com cerveja...

Revista Errata - O termo kuba-walda, em linguagem germânica antiga, significa "administrador do lugar". Esta afirmação está certa ou errada?
Dahmer - Estudei alemão apenas até a quinta série, mas provavelmente vocês estão de sacanagem comigo.

Revista Errata - E como é que você vê a produção de humor brasileira? Aproveito pra dizer que nós achamos o seu humor muito engraçado. E você?
Dahmer - Temos grandes comediantes no Brasil, pena que a maioria deles está em Brasília atrapalhando o trabalho dos outros. A segunda pergunta é para responder?

Revista Errata - Cinema, livros... O que você anda consumindo? Perceba: "cinema, livros..."
Dahmer - Não gosto de ir ao cinema, todos eles estão alocados dentro de shoppings hoje em dia, é um inferno. Também não sou fã de lugares cheios de gente. Sobre os livros, minha mulher gosta muito de literatura e temos em casa um quarto só para eles. Gosto de tudo um pouco, mas tenho lido mais quadrinhos. Apesar da minha profissão, ainda conheço poucos quadrinistas, li pouco sobre o assunto mas o chargista Leonardo está me ajudando a conhecer os autores.

Revista Errata - E filosofia? Várias das tiras dos Malvados têm base filosófica. Qual é o seu interesse no assunto?
Dahmer - Hoje em dia tenho pouco interesse pela filosofia. Li os autores mais importantes, gosto especialmente de Cioran e Schopenhauer, mas é uma roupa que já não serve mais em mim.

Revista Errata - Por que você matou a Rê Bordosa?
Dahmer - Ela começou, eu apenas me defendi...

Revista Errata - Você é bom em matemática? Por quê?
Dahmer - Fui bom aluno de matemática e joguei mais de 3.000 partidas de xadrez até os 17 anos, com um amigo de infância que é quase meu irmão. Anotávamos partida a partida, mas eu ganhei apenas um terço delas. O cara era muito bom...

Revista Errata - Além do site, aonde mais a gente pode encontrar o teu trabalho?
Dahmer - No Jornal do Brasil, na Folha de São Paulo, na Sexy Premium, no Portal G1...

Revista Errata - O que você acha das Petúnias?
Dahmer - Petúnias, begônias, orquídeas...gosto de tudo. Tenho um orquidário no meu sítio em Friburgo e gosto muito de rosas também. É um hábito normal, amigos. Sempre tem esse forte interesse por minha predileção por flores, mas é um hábito normal.

Revista Errata - Deus é malvado?
Dahmer - Deus é como a crase: não foi feito para humilhar ninguém. Se Deus existe, não é um Deus que castiga o garoto que matou aula, pode ter certeza.

Revista Errata - Mas não me sai da cabeça esse negócio de flores malvadas... Não tinha um escritor que traficava armas? Não... Q-Quero di-dizer... Ele... traficava... flores! Era o Exupéry!!! Dahmer, a g-g-gente já está de sa-sa-saída... Uma última pergunta: tirando dizimar uma etnia, quais são teus planos imediatos?
Dahmer - Pretendo lançar outro livro pela Desiderata, já está meio que acertado entre eu e a editora. Mas farei sem pressa.

Revista Errata - Uma ameaça para os nossos leitores?
Dahmer - Não é necessário, estar vivo é correr riscos...

Então, um abraço e... HEIL, DAHMER!!!

BATE-BOLA:
- Finada revista Mosh
Li algumas e sou amigo dos editores. Foi uma iniciativa muito corajosa, estão de parabéns.
- O número 42
Tenho uma ligação muito forte com a sorte, com o azar e com as coisas que envolvem esses dois assuntos, números inclusive. Mas não chega a ser uma doença, ainda...
- Los Três Amigos
Fodões, de verdade. Quando encontro um deles, fico tremendo como uma moça.
- Casseta e Planeta
Não vejo muita televisão, mas boto fé neles.
- Zorra Total
Não vejo graça alguma, na verdade é quase triste.
- South Park
Nunca parei para assistir, mas assim como os Simpsons, parece interessante.
- Cabelo na comida
Não gosto, mas respeito quem gosta
- Monty Python
Muito bom, mas não chego a ser fã...
- Hermes e Renato
Conheci há pouco tempo, achava que era ruim e que só tinha palavrão por palavrão, não gostava. Depois assisti "Tela Class" e morri de rir, é maravilhoso. Os caras são toscos, mas são bons.
- Lingerie
Gosto das coloridas.

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segunda-feira, dezembro 17, 2007

Cocoon

Estamos em um asilo para idosos. Bom, eles estão; nós estamos só dando uma olhada. Eu, você, você, você, você, você não, você, você, bocê, pronto, errei. Nós e todos aqueles jornalistas ali estamos acompanhando, minuto a minuto, o desenrolar desta inusitada rebelião capitaneada pelos próprios velhinhos, depois que lhes cortaram as sobremesas. Espera, eu disse minuto a minuto? Meu relógio parou... Ah, mas todo mundo parou para acompanhar este evento. Até mesmo o marca-passo do senhor Antônio parou.

- Parou?
Parou, senhor Antônio.

- Drogaaaaarghhh...

Dona Lourdes correu para tomar nos braços o senhor Antônio. A cena é triste. Mesmo atrás da barreira policial formada, nossos microfones captaram suas palavras para o idoso moribundo:

- Meu Deus... Eu só queria lembrar...
- Lembrar... cof, cof... do quê... cof... Lourdes?
- Lembrar... quem diabos é você...

Dona Lourdes sofria de Alzheimer.

- Cortaram nossos quitutes!!! Nossos quindins e bombocados!!! Nossas Trakinas! Alguém disse jujubas? Malditos!!!

Este foi o senhor Nascimento falando, o líder da rebelião. Vestia uma camiseta do Che Guevara, mas ela estava do avesso. Ele tem oito graus de miopia e estava sem os óculos, tanto que gritou seu discurso para um vitral em tamanho real da Santa Ceia, que ornava a parede exterior do asilo. Ante os gritos do senhor Nascimento, o vitral permaneceu imóvel. Eu disse que todo mundo havia parado.

- Nós não vamos tolerar isso!!! Homens!!! Mulheres!!! Às armas!!!

A reação foi imediata. Erguendo andadores, fraldas geriátricas e dentaduras ameaçadoras, os velhinhos marcharam. Mas... Eles estão indo para o lado errado! Eles... eles vão atacar o vitral da Santa Ceia!!!

- Isso, provoquem-nos!!! Exibam nossa comida!!! Nós vamos tomá-la!!! Anoréxicos!!!!
O senhor Nascimento era um nutricionista aposentado.

Puseram-se em corrida como possuídos. Ouvia-se a respiração ofegante daqueles 23 homens e mulheres... 22 homens e... 21... rumo à... 20... 16... parede... 12... mas que... 9... vão morrer todos... 7... espera... 6... o que é aquilo vindo do céu?... 5... MEU DEUS!!!

- Não sou Deus. Sou Jesus.
Sim, desceu dos céus o cordeiro, numa nuvenzinha 1.6 Flex mas muito ajeitadinha... 4...

- Vim para trazer a paz de Jeová (...3...) e impedir que estes filhos do Altíssimo profanem o vitral que (...2...) rememora minha última refeição entre os Santos. Alguém aqui se chama Judas?

...1...

- Jesus, os velhinhos morreram todos durante a marcha!!! E você ficou falando e falando e falando aí e não fez nada!!!
Era um repórter policial. Acusativo, o sujeito.

- Como? Onde eles...OOOOOOPSSS!!!! CRACK!

Virando-se para olhar o amontoado de cadáveres de velhinhos que se empilhava em frente ao vitral da Santa Ceia, Jesus Cristo desequilibrou-se da nuvenzinha e caiu, quebrando o pescoço. Ficou paraplégico.

Eu disse que todo mundo havia parado.

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sábado, dezembro 15, 2007

Aviso aos navegantes

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quinta-feira, dezembro 13, 2007

O Natal segundo o Anticristo

Como Jesus Cristo se mostrou um filhinho de papai asqueroso e metido quando lhe concedemos um direito de resposta, resolvemos, por vingança mesmo, entrevistar quem Ele mais odeia. Sim, conseguimos uma breve entrevista com ninguém mais, ninguém menos que o próprio Anticristo. Mesmo esquema, cinco perguntas, duas cervejas, um boteco da Av. São João e, en passant, a alma de um dos doutores. Confira este momento histórico:

ERRATA: Anticristo, dia 25 de dezembro é o aniversário do seu (e do nosso) arquiinimigo. Sei que você é do mesmo ano que ele, mas que dia é o seu aniversário?
ANTICRISTO:
“Quatro.” (Ap. 66: 6b)
ERRATA: Quatro de quando?
ANTICRISTO:
“Três” (Ap. 6, 606)
ERRATA: Pô, dia quatro de março é o dia de São Elpídio. Teve alguma razão especial pra ser esta a data do teu nascimento?
ANTICRISTO:
“Duas” (Ap. 6.66).
ERRATA: Pô, conta pelo menos uma aí pra gente, então?
ANTICRISTO:
“Uma” (Lc. 60: 66b).
ERRATA: Cara, tu és muito gente fina! Ninguém vai acreditar quando eu enviar este texto... Cê é mais legal que Jesus! Pô, nunca pensei que ia dizer isso, mas agora que te conheço melhor, não vejo tanto problema em ir pro inferno. Aliás, você sabe quando é que um dos doutores vai ter que te pagar a entrevista com a alma?
ANTICRISTO:
“Agora” (Ap. 6.660b)

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terça-feira, dezembro 11, 2007

Humor - Notícias de um mundo nonsense



*Notícia de uma realidade paralela à nossa. Terra 2, pra ser exato.

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segunda-feira, dezembro 10, 2007

Vinte e nove anos sem Ed Wood



Considerado o pior cineasta de todos os tempos, sua obra fala por si, mesmo se comparada a de incontáveis concorrentes brasileiros. Mas era tão mais bem-humorado... E como ele próprio diria, "O que que há, velhinho"?

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

Algumas Verdades - Errata Natal

Durante a pesquisa sobre o tema, a equipe Errata encontrou algumas falhas nessa data comemorativa:

O Natal não precisa mais ser comemorado, pois Cristo já morreu. Minha avó morreu em junho de 2001 e há seis anos ninguém mais fala dela. Além disso, dia 25 de dezembro não é o dia do nascimento de Jesus, é dia 14 e nem é de dezembro, é de fevereiro. O presépio nunca existiu, a casa deles era bem ajeitada e Maria teve o filho no hospital Sócrates XXIII. De virgem, Maria não tinha nada, já naquela época a Amélia é que era mulher de verdade. Os três reis magos eram dezoito, nunca foram reis e muito menos magos; ouro, incenso e mirra foi o que eles levaram e não o que eles trouxeram.

Natal não existe, renas não voam e ajudantes não são necessariamente pequenos. Aqui no Brasil nem chaminé existe, se existe é pra fazer churrasco. Neve existe! Mas derrete. Papai Noel nunca distribuiu brinquedos e se distribuísse, nunca seriam da Sony, Panasonic ou Nintendo. Ele nunca distribuiu ovos de chocolate; isso, quem faz, é o coelhinho da Páscoa, que também não existe e, mesmo se existisse nunca colocaria ovos, quanto mais de chocolate, fora que é um animal que não faz nada além de ser bem branco. Coelho preto não existe e ovos de morango só se forem recheados.

Papai Noel não tem barba, só tem bigode e de vez em quando, deixa só o cavanhaque. A roupa dele não é vermelha, é verde. Ele não é gordo, não usa chapéu, sua mulher se chama Miriam, sua casa é em Ubatuba, ele não usa botas, detesta voar, não sabe ler, tem dentadura, mal de Parkinson, adora novela, não gosta de crianças, bebe, dorme em bar, vai em puteiro, foi preso três vezes por arruaça, é sedentário, não come verdura, adora pizza e detesta animais, principalmente coelhos.

Outra coisa que não existe são aquelas musiquinhas de Natal, o que é aquilo? Ou melhor, existem mas não deveriam, pelo amor de Deus! Deus?

Obs.: A verdadeira pronúncia de Natal, na verdade, é Netele, que não significa nada, em latim.

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quarta-feira, dezembro 05, 2007

Arquivos Temporários

"Um arquivo temporário recomeça sua vida
Sua finalidade: reconquistar sua extensão
que foi perdida, substituída
e quer provar a si mesmo que o sistema errou,
que deu pau quando quase travou,
e que nesta zona de dados, usou fontes demais,
três horas de scandisk nunca mais!

A programação, não foi um mar de bytes, não
No Powerpoint, lembranças dolorosas, então.
Sim, comprimido, um bug de sistema enfim.

Muitos temporários sim, sonhando alto assim,
neguem que é deletado, quem não se renomeia,
vendo nascer seu filho numa corrente de e-mail

ou numa placa que só tinha como atração,
slots e o processador pra se tomar a benção.

Esta é a história do arquivo
que por mim será contada.

...Um temporário na estrada."
(trecho de música cedido por Executáveis MC´s)


PAMMMM!!!
[Não há mais espaço suficiente no disco]

Respiração ofegante em 40%
[ !!!!!!!!!!!!!!!!!!..........................]

- Ai meu deus!!!!
respiração ofegante em 80%
[ !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!...........]

- Ai, caceta.... É a limpeza de disco!!!!
[operação concluída]

Sim, eu gosto de começar as coisas pelo final. Tanto que esta triste história não começa realmente aqui. Começa ali. Ali, ó! Quase, vai mais um pixel pra esquerda... Aí! Eu também gosto de começar as coisas pela esquerda. Quer ver?

~MACL007.TMP era um pobre e pacato arquivo temporário, devoto de Santo Intel de Ctrl+Alt+Del. Sem uma extensão fixa, sobrevivia no mercado informal, como os chineses. Como não tinha acesso autorizado a uma conexão de dados, ia para o trabalho montado em um cavalo de tróia que andava de lado porque só respondia a comandos binários. Esquerda e direita, pra ser específico. Ele também gostava de começar as coisas pela esquerda, percebem?

Durante a noite, ~MACL007.TMP quase não dormia. O barulho da ventoinha pouco abafava as conversas criminosas de vírus e worms e os gritos de JPGs de garotas nuas que se prostituíam próximas ao firewall, achacadas por Himem.sys, um arquivo de sistema perdido que cafetinava por ali.

Ainda que esta fosse uma vida ruim, ~MACL007.TMP a encarava como uma espécie de purgatório, até que conseguisse burlar o sistema e inserir-se no mainframe com uma extensão reconhecível. Este era o seu sonho, mas pra abreviar um pouco a história já que estou sem tempo, neste Orkut do mundo o sonho de ~MACL007.TMP chegou ao fim. Puxa, eu devia ter contado isso antes...


"Na periferia do HD não existem leis,
talvez a lei do sistema, a lei do copyright talvez.

Vão esvaziar minha pasta, é a limpeza de disco!
Vieram pra desfragmentar, cheios de ódio e silício,
filhos da puta comedores de licença!

Já deram meu log e eu nem tava na treta,
não são poucos e já vieram muito loucos.

Zipar na crocodilagem, não vão perder viagem,
15 Megas lá fora, diversas linguagens,
e eu apenas com 8 kbytes criptografados.

Só eu mesmo e eu, meu deus e o meu AVG.
No primeiro barulho, vou executar.
Se eles me pegam, meu filho fica sem backup
e o que eles querem: menos um TMP no startup.

Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim,
a gente sonha a vida inteira e só acorda no fim,
minha verdade foi outra, não dá mais tempo pra nada...
PAMMM! PAMMM! PAMMM!"
(trecho de música cedido por Executáveis MC´s)


[Não há mais espaço suficiente no disco]

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domingo, dezembro 02, 2007

A origem do Papai Noel

Prólogo - A origem do Papai Noel é incerta e cercada de histórias repletas de paz, amor, realizações e um feliz ano novo pra você e pra toda a sua família também. A mais conhecida e acredita-se, verdadeira, vem do séc. III e fala sobre a vida do adiposo taumaturgo Nicolau.

Capítulo 1 – O Milagre da Rua Oito (Batteries Not Included)
Ano 270 D.C, Ásia Menor, cidade de Mira da província de Lícia, Dembre, na atual Turquia. O microempresário sul-coreano conhecido como Sr. S., apesar de ser bem sucedido nos negócios, é broxa, impotente e não dá no couro, respectivamente.

Cansada de preparar gemada com ovos de pata, Taffman-E®, raspas de chifre de bode e Jurubeba Leão do Norte®, a Sra. S. resolve recorrer à intervenção divina e passa a rezar na igreja do padre anglo-germânico Noel Gallagher. O resultado, então, é o milagroso nascimento de um menino de saco vermelho e bolas coloridas: O lentiginoso Nicolau.

Um ano depois, a Sra. S. deixa o Sr. S. e foge com Noel Gallangher para Belém do Pará. A fábrica de desodorizantes em forma de pinheirinhos do Sr. S. abre falência e ele fica sem dinheiro, na miséria e finalmente duro, respectivamente. Sem ter como sustentar o filho, deixa o diminuto Nicolau em um mosteiro e se mata; fica novamente duro e morre feliz na noite de Hanukah... Uma noite feliz.

Capítulo 2 – Por que Choram os Homens (The Man Who Cried)
O buliçoso Nicolau passa a ser criado pelo Bispo de Patara sob uma educação rígida e religiosa, sem ter o direito de conhecer o valor dos verdadeiros prazeres da vida, como mulheres, drogas e leite condensado direto da lata.

Sua infância é um saco e eu não tenho a mínima paciência de falar sobre ela.

Capítulo 3 – Acertando as Contas com Papai (Getting Even With Dad)
Aos 22 anos, o então desafortunado e desditoso Nicolau, recebe a notícia que fora encontrado petróleo no terreno da fábrica do seu pai. Agora, além dos incontáveis adjetivos estranhos, ele também estava cheio da grana.

O futuro santo, sempre generoso, utiliza sua fortuna para ajudar as crianças. Fica sendo conhecido como “o amigo da garotada”; fazia o bem sem exigir nada em troca ou, pelo menos, era isso o que todos pensavam.

Capítulo 4 – Ondas do Destino (Breaking the Waves)
Nicolau, ainda sob a influência do bispo, é ordenado sacerdote. Sentindo-se frustrado por não ter origem circense, passa a usar roupas bufantes e a rir de forma pitoresca. Com uma garrafa de Gim Gobel nas mãos, um bêbado avista a estranha figura e resmunga: “Esse cara não existe...”.

Após alguns anos, Nicolau decide viajar com o intuito de satisfazer seu furor inesgotável de transmitir prazer e alegria ao maior número de pessoas possível. Após embarcar de Patara para a Palestina, surge uma tremenda tempestade; o manobrista é atingido em cheio por um raio, a embarcação fica prestes a virar por conta das ondas violentas e o estoque de vinho da tripulação chega próximo do fim. Como todos sabiam que Nicolau era padre, pedem para que reze pela salvação. Após a oração, veio uma grande calmaria e o manobrista, eufórico e antes caído, levanta. Quanto ao vinho, acabou mesmo.

Final – Meu Adorável Sonhador (Just the Ticket)
Após suas andanças, Nicolau passa a ser conhecido pelo mundo afora. A fama incomoda invejosos que espalham boatos injuriosos sobre sua mania de sempre carregar um saco nas costas. Pressionado pela opinião pública, Nicolau põe um fim em sua entusiástica ação humanitária, isolando-se com alguns dos seus amigos vi… renas em Neverland, Pólo Norte. E o resto da estória vocês já sabem. Sabem sim... Claro que sabem... Sabem e pronto!!

Por existirem muitos milagres lhe serem atribuídos, este foi canonizado e chamado de São Nicolau. Devido às maledicências, muitas pessoas insistem em chamá-lo de Santa.

Como a maioria dos seus milagres estava ligada a presentes, não foi difícil transformá-lo em um personagem universalmente adorado, pronto para realizar os desejos de quem acredita em um espírito preocupado em praticar a bondade em até 12 vezes, com os juros mais baixos do mercado, mas deixando as crianças malcriadas presas no SPC.

OBS: Nenhum anão foi utilizado nesta estória em respeito à memória de Herve Villechaize.

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