sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Errata Jornalismo: Silly Walk Brasil

O 1° Silly Walk Brasil foi um sucesso! Ao menos, foi o que nos disseram. Sim, não comparecemos ao evento... Pequenos contratempos. Nunca faça uma orgia com anãs, fica aqui nosso conselho.

Apesar de nossa ausência, prometemos uma matéria sobre o Silly Walk Brasil, não prometemos? Como palavra dada pelos doutores do blog do site da revista do grupo de humor nonsense Errata não é só um conjunto de letrinhas, mas sim um conjunto de letrinhas sem sentido, contaremos aqui uma historinha baseada em fatos... duvidosos.

Fingindo que estávamos lá no vão livre do MASP, vimos um radiante grupo de serelepes adjetivos pululando ao som de Walk This Way (Run DMC version), enquanto substantivos e advérbios discutiam nomes e lugares ideais para batizar e acomodar o grupo de Silly Walkers que se aproximava dali de maneira trôpega e... silly. Um dos membros do grupo andava perigosamente no meio-fio e coroava cada passada com um demi plié, exclamando “Caminhar é preciso”! Ao ouvir a frase, um substantivo esquisito gritou: "Ai, ele usou um adjetivo". É claro que depois disso, começou a garoar.

Se estivéssemos lá, notaríamos que alguns Silly Walkers inovaram na caminhada e criaram seus próprios passos. Houve o Silly Crab e o Silly Siri, acompanhados por salada de agrião e molho tártaro. Uma delícia úmida. Pô, sai anã!!! Que saco!!!

O repórter Uchu Enjin, da TV Fuji do Planeta: Terra; Cidade: Tóquio, ria o tempo inteiro. Achava engraçada a maneira ocidental dos brasileiros. "Mas estamos no Ocidente, Uchu Enjin", diríamos se estivéssemos lá. "Puxa... Meu mapa-mundi está de ponta-cabeça"!, ele responderia.

Enquanto os participantes celebravam o evento caminhando de um lado para o outro (alguns inclusive, de cima para baixo), policiais cantavam alegremente a música "Marcha Soldado". A garoa persistia e perceberíamos – se lá estivéssemos – que o Silly Walk Brasil guardava parentesco com a dança da chuva dos índios Txucarramãe. Oswaldo Montenegro chegou neste momento, sem saber que havia ali um movimento Silly Walk. Ainda assim, foi eleito o melhor dos participantes pelos transeuntes.

Finalmente, o único participante médium do evento, que já havia incorporado diversos espíritos zombeteiros até aquele momento, gritou "Alegrai-vos, nonsenses, nós vencemos"! "Vencemos o quê"? perguntaríamos se lá estivéssemos, mas ele não respondeu. Caiu morto no quilômetro 42 da Avenida Paulista. Uma marca de pneu atravessava seu peito. Choveu torrencialmente.

Ignorando o defunto, Tiago "Mad Max" Andrade, organizador do evento, deu por encerrado o flash mob. Não, ele não é a cara do Mel Gibson; mas veio do futuro, ali das proximidades do fim do mundo! Hã... Quê? Ah... "Shhhh!" Acompanhe aqui uma exclusiva que conseguimos com ele. E até uma próxima vez, caso a gente compareça!

ENTREVISTA: Tiago "Mad Max" Andrade
Organizador da 1ª Edição do Silly Walk Brasil

REVISTA ERRATA - A 1ª edição do Silly Walk Brasil ter acontecido no hemisfério Sul do terceiro planeta nonsense deste sistema solar esquisito é algo meramente circunstancial, ou o Ministério de Londres encerrou mesmo suas atividades?
TIAGO "MAD MAX" ANDRADE -
Na verdade, o Ministério inglês, embora não tenha encerrado suas atividades, vem deixando muito a desejar em relação à organização de eventos para apreciação do silly walk em todo o mundo. Por meio de nossa passeata, buscamos protestar também contra a opressão que nossos colegas da terra do Neil Gaiman sofrem. Se bem que tudo isso pode ser apenas um plano dos ingleses para dominar o mundo...

REVISTA ERRATA - Qual foi a importância de Albert Cooper para o Silly Walk Brasil e quais são as suas principais bandeiras? (as do movimento, não as da importância, nem as de Albert Cooper)
TIAGO -
A gente sempre busca realizar plenamente seus ensinamentos - "deixar Cooper feito", diríamos. Já a principal bandeira do movimento é a do Nepal (bontininha, com aquele formato engraçado)

REVISTA ERRATA - Numa próxima edição do evento, cadeirantes e figuras folclóricas como Stephen Hawking e o Saci-Pererê poderão participar sem a necessidade da adoção de uma política de cotas pela direção do evento?
TIAGO -
Esta é uma questão pertinente, que já foi encaminhada ao Ministério. Bastará às figuras mencionadas preencherem um formulário em 23 vias, autenticá-las e esperar seis meses até que se resolva carimbar todas elas e emitir uma autorização.

REVISTA ERRATA - Falando nisso, o Zombie Walk é um movimento co-irmão? Mortos-vivos têm um silly walk específico, mas que transborda em potencial artístico. Uma união dos movimentos não significaria uma ponte entre os planos físico e metafísico? Esta pergunta foi psicografada pelo espírito de Geraldo Vandré, o florista.
TIAGO -
Foi discutida durante o evento a possibilidade de integração dos movimentos, mas isso depende dos zombie walkers pararem de tentar devorar os céreros dos silly walkers. Se bem que, como diria Vinícius Schiavini, "a Zombie Walk é um evento meio morto".

REVISTA ERRATA - Discorra sobre o papel do Silly Walk Brasil como o primeiro passo rumo ao fim do mundo (ou não, mas aí com sotaque baiano, s'il vous plaît).
TIAGO -
Na verdade o mundo já acabou, mas esqueceram de nos avisar. Ou melhor, a carta nos avisando voltou por falta de selos.

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