sábado, março 08, 2008

Uma Rosa para uma Rosa

Uma homenagem da Revista Errata ao dia internacional da mulher.

No começo era a Eva... Mas Deus não existe, então vamos chamá-la de Rosa.

Quando criança, Rosa era uma menina que preenchia o mundo com sua beleza e vida. Rosa sorria e transmitia a esperança do amor e a crença em um amanhã melhor. Rosa... Bom, pensamos em vários nomes pra substituir Eva: Cristina, Marília, Sabrina, Adriana, Maria, Tatiana... Enfim, achamos que Rosa seria uma boa escolha. Sabemos que Rosa não é o nome de nenhuma adolescente, porque lembra mulheres maduras, experientes e capazes. Er... Não que o nome Cristina não seja o nome de uma mulher madura, experiente... Enfim... Este não é o ponto.

Mas Rosa é uma cor bonita... Diferente da Rosa flor, que pode ser vemelha, amarela e... Tá bom, tá bom! Este não é o ponto.

Quando adolescente, viveu o melhor de cada momento presente, lutou firme pelos sentimentos mais puros e se entregou às lágrimas ao fazer de um mundo incerto um lugar aberto, com ventos, calor e mar... Com alegria, Rosa corria, corria e corria, até que um dia tropeçou num formigueiro e ali ficou, sendo mordida o dia inteiro. Levou toda a tarde para conseguir se livrar da última das formigas que haviam destruído a poesia daquele dia. Decerto esta formiga acabou esmagada pela sola do tênis All Star de Rosa, que com as picadas ficou toda vermelha e... Bom, este não é o ponto.

Rosa, quando madura, estava à altura de um mundo mais seguro, repleto de um sentimento mais puro, que trouxesse a certeza de um belo futuro, pois era assim o lugar em que gostaria de viver a vida quando seus problemas fosse enfrentar. Olhando-se em um espelho, olhar sereno, passou a mão na testa quando viu um Ford Fiesta atravessar o canteiro, atropelar o carteiro, o poeta e bater no seu carro novo que acabara de estacionar. “Corno maldito! Bêbado dos infernos! Depois é mulher que não sabe dirigir”! A desculpa do inepto motorista foi ter perdido os freios por causa do óleo que tinha acabado de trocar. Um óleo vagabundo, meio amarelo. Um motorista de ônibus veio acudi-la, mas parou e disse... “Bom, este não é o ponto”. Er…

Quando mãe dedicada, delicada, fez-se presença eterna, em figura materna, ao olhar dos seus pequenos. Amou, lutou, protegeu, exigiu... A maior força de uma família que já existiu. E de dependente fez-se independente: trabalhou, foi feliz e competente; bem diferente de seu marido, que se acabou, o inepto motorista do Ford Fiesta com quem casou. Amargurado pela bebida, desistiu da vida para cultivar a ferida da mente pessimista de um homem egoísta, que não soube dar valor ao que realmente era importante. Vagabundo não era o óleo... Tratante! Melhor sem ele, Rosa. São nesses momentos que dizemos... Não, não é este o ponto.

Quando idosa, toda prosa e cheia de experiência, dizia com tranqüilidade e paciência para quem quisesse escutar, que a essência da vida é pela vida passar. E que tinhamos todos muito ainda pela frente; dizia de maneira forte e consciente, orgulhosa e sorridente. Pode vir o que vier, Rosa é uma mulher.

Várias mulheres.
Todas elas.

Mas é a única que tem sangue escorrendo pelo dedo por causa de um bife tirado pela manicure nova do salão que sempre freqüentava. E vai ter que dar ponto.

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12 Comentários:

  • Bom diaaaaaaaaaa...

    Primeira de novo e não foi por causa da insônia porque acabei de acordar.

    Por que a rosa tem várias cores se a rosa deveria ser rosa?

    As rosas que ganhei eram rosas, mas queria que fossem vermelhas.

    Droga!

    Bem... Este não é o ponto. É na próxima esquina e pega aquele que passa na Faria Lima.

    Por Blogger Sekka, às 7:10 AM, março 08, 2008  

  • Alice, infelizmente, o tratado filosófico de Erasmus de Roterganham sobre "Análise Hermenêutica das Consequências Existenciais do Paradoxo sobre as Cores das Rosas" foi extraviado em sua famosa viagem ao Rubicão. Assim, talvez jamais saibamos porque as rosas nem sempre são rosas... Como diria Rostron de Puttin, na vida realmente nem tudo são rosas.

    O que passa na Faria Lima é bem mais caro a passagem, melhor pegar o que passa pela Paulista mesma. Depois é só pegar um vôo para o Rio.

    E infelizmente não vou poder comer rosas por agora, as minhão ainda não estão maduras.

    Por Anonymous Anônimo, às 11:26 AM, março 08, 2008  

  • Sangue escorrendo? Onde? Em que ponto?

    Por Anonymous Anônimo, às 12:51 PM, março 08, 2008  

  • Sangue, ih, se tem sangue escorrendo é melhor tomar uma dose de Intromozil Nabun, um supositório ao dia.
    http://arl.ginux.ufla.br/ambientacao108/mod/chat/view.php?id=71
    E não se esqueça do charuto entre as refeições, como já dizia a Britney Spears.

    Por Anonymous Anônimo, às 4:12 PM, março 08, 2008  

  • Parabéns, Hebe Amargo!

    Feliz aniversário!

    huahuahuahuahuahua

    Por Anonymous Anônimo, às 6:00 PM, março 08, 2008  

  • São 2h30 e o cravo despedaçou a rosa.

    Por Anonymous Anônimo, às 7:21 AM, março 10, 2008  

  • Halloooooooooooooooo...
    Tok, tok, tok.
    Tem alguma doutorrrrr aí?
    Tou aperrrrrrtado!
    São 2h30!
    Toda mundo sumiu!

    Por Anonymous Anônimo, às 8:55 PM, março 10, 2008  

  • Alice, é por isso que digo que salmão é peixe, não cor. Engraçado é que ele também é meio rosa... Será uma flor?

    Dr. Freud, as rosas não falam, mas os salmões sim. Eles dizem "Não somos flores, pô!" De mal com a vida, estes répteis...

    Zé Luiz, eu não posso te dizer de onde saiu o sangue porque este post é sobre o Dia Internacional da Mulher. Mas é uma piada baixa, bem baixa. Exercite seu lado "A Praça e Nossa" e have fun!

    Chuck a Hebe morreu. Tá na cara. Dela.

    Faroleiro, nunca rosas não têm cravos, têm espinhos. Pô, são salmões mesmo...

    Alemão, más notícias: acabou o papel. Adivinha qual era a fragrância?

    Amplexos, erratonautas!

    Por Blogger Dr. Banner, às 3:34 AM, março 11, 2008  

  • Nunca ganhei rosas, e pelo que eu sei a rosa é um símbolo fálico...o que tbm não é um ponto.
    O ponto é que, quando comecei a ler o post achei a Rosa meio "emo" no começo, e caduca no final.
    Dr.Banner coloquei o meu lado "praça é nossa" pra funcionar e conclui que a Rosa enfiou o dedo na xoxotá enquanto fazia a unha.É isso msm?

    Por Blogger Cláudia, às 2:20 PM, março 11, 2008  

  • Na minha terra o programa tem outro nome e é impróprio para menores. Mas tão ruim quanto.

    (...)

    Vovó diz que classe é como virgindade: se perde uma vez só, e depois, babau. Minha única dúvida é se há mulheres que já nascem defloradas também.

    Por Blogger Srta.T, às 8:13 PM, março 11, 2008  

  • Rosa é minha vizinha de cima, do quinto andar. Eu vivo no quarto. O marido dela era o maldito inepto motorista que deu ré e só parou quando o meu carro impediu que continuasse. E Rosa vive falando para ele: "Volta pros quinto, seu maldito!"

    Por Blogger Unknown, às 11:54 PM, março 11, 2008  

  • Cláudia, errou por pouco. Fálica tentativa. Trocadilho infálico. Saio ao som de uma gaita de fálico.

    Srta. T, o Wando também diz o que vovó já dizia! Pô, pensando agora, o Wando em si é um símbolo fálico... Não! Ele é um salmão!!! A boca não nega!

    Felipe, diga pra Rosa duas coisas: 1) A Hebe está morta e 17) O poeta está vivo! (foi pros quinto e voltou)

    Amplexos!

    Por Blogger Dr. Banner, às 1:18 AM, março 12, 2008  

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