São Paulo, uma cidade metidinha
No dia de hoje, a cidade de São Paulo completa... muitos anos. Talvez mais do que deveria, tendo em vista o estado da ponte onde moramos sob. Ainda assim, é o motor do Brasil, movido a biodiesel e pastel. Uma curiosidade intrigante é que os estrangeiros que vêm pra cá gostam pouco de pastel, exceção feita aos japoneses. Por isso há tantos em São Paulo. Tantos pastéis, eu digo. Já pontes boas para se morar sob são poucas.
São Paulo tem o nome de um santo, Paulo de Tarso. Filho de Tarsila e pai de si mesmo, era tido como o mais importante dos apóstolos de Jesus justamente pela proeza. Não pela proeza de ser pai de si mesmo, mas sim por ter encarado Tarsila, seu primeiro milagre. Tarsila não gostava de homens porque era marciana e estava aqui “só olhando”, ela dizia. Quando Paulo lhe disse que poderia construir uma ponte entre a Terra e Marte, Tarsila cedeu. A ponte também, porque havia sido construída com areia santa do rio Jordão e porque os marcianos eram ateus e não botaram fé na obra. Depois disso, Deus mandou Jesus para Marte, onde Ele foi crucificado de novo. Seu apóstolo mais importante naquele planeta era Paulo de Marte, filho de si mesmo com Tarsila, depois que ela conseguiu voltar pra lá. Por carregar o nome de um santo garanhão, São Paulo tem essa fama de ser uma cidade metidinha, dizem os participantes da parada gay. Confessamos que colhemos os depoimentos in loco, mas nunca parados. A movimentação ali deve ser constante, quase como um militar sob fogo inimigo. O pastel mais vendido na parada gay era o de palmito.
A origem da cidade de São Paulo é de conhecimento até mesmo do reino mineral: depois da Guerra do Paraguai, San Pablo, pequeno vilarejo argentino que solitariamente apoiava os paraguaios, decidiu que se permanecesse naquele país, seria empanado por sua postura dúbia durante a guerra. Assim, numa noite austral, o vilarejo de San Pablo se aproveitou de uma falha tectônica abaixo de si e migrou lentamente para o país vizinho, a Irlanda, que também planejou e executou com sucesso sua migração para a Europa. Aproveitando o vácuo da Irlanda, San Pablo ganhou velocidade e alojou-se no Brasil, discretamente. Mudou seu nome para o idioma local e seu motor movido a biodiesel e pastel fê-la destacar-se entre os nativos. Mantém até hoje um olhar cúmplice para o Paraguai, com o qual tem estreitas relações, mas hoje legítimas. Legítimas dentro do possível, claro. Mas sem nota e sem garantia.
São Paulo encontrará seu fim no próximo fim do mundo, em data ainda a ser definida pelos doutores do blog do site da revista do grupo de humor nonsense Errata. Nossa ponte certamente encontrará seu fim antes e teremos que nos lançar aos braços acolhedores da maior megalópole abaixo do Equador que se tem notícia. Vejam, é só um abraço que queremos, nada de pecado. Também porque a cidade tem nome de santo e porque gostamos da Tarsila. E de pastel, mas nunca de palmito.
Então, feliz aniversário, antigo vilarejo de San Pablo! Brindamos seus anos com um uísque metidinho! Adivinhe de onde.
São Paulo tem o nome de um santo, Paulo de Tarso. Filho de Tarsila e pai de si mesmo, era tido como o mais importante dos apóstolos de Jesus justamente pela proeza. Não pela proeza de ser pai de si mesmo, mas sim por ter encarado Tarsila, seu primeiro milagre. Tarsila não gostava de homens porque era marciana e estava aqui “só olhando”, ela dizia. Quando Paulo lhe disse que poderia construir uma ponte entre a Terra e Marte, Tarsila cedeu. A ponte também, porque havia sido construída com areia santa do rio Jordão e porque os marcianos eram ateus e não botaram fé na obra. Depois disso, Deus mandou Jesus para Marte, onde Ele foi crucificado de novo. Seu apóstolo mais importante naquele planeta era Paulo de Marte, filho de si mesmo com Tarsila, depois que ela conseguiu voltar pra lá. Por carregar o nome de um santo garanhão, São Paulo tem essa fama de ser uma cidade metidinha, dizem os participantes da parada gay. Confessamos que colhemos os depoimentos in loco, mas nunca parados. A movimentação ali deve ser constante, quase como um militar sob fogo inimigo. O pastel mais vendido na parada gay era o de palmito.
A origem da cidade de São Paulo é de conhecimento até mesmo do reino mineral: depois da Guerra do Paraguai, San Pablo, pequeno vilarejo argentino que solitariamente apoiava os paraguaios, decidiu que se permanecesse naquele país, seria empanado por sua postura dúbia durante a guerra. Assim, numa noite austral, o vilarejo de San Pablo se aproveitou de uma falha tectônica abaixo de si e migrou lentamente para o país vizinho, a Irlanda, que também planejou e executou com sucesso sua migração para a Europa. Aproveitando o vácuo da Irlanda, San Pablo ganhou velocidade e alojou-se no Brasil, discretamente. Mudou seu nome para o idioma local e seu motor movido a biodiesel e pastel fê-la destacar-se entre os nativos. Mantém até hoje um olhar cúmplice para o Paraguai, com o qual tem estreitas relações, mas hoje legítimas. Legítimas dentro do possível, claro. Mas sem nota e sem garantia.
São Paulo encontrará seu fim no próximo fim do mundo, em data ainda a ser definida pelos doutores do blog do site da revista do grupo de humor nonsense Errata. Nossa ponte certamente encontrará seu fim antes e teremos que nos lançar aos braços acolhedores da maior megalópole abaixo do Equador que se tem notícia. Vejam, é só um abraço que queremos, nada de pecado. Também porque a cidade tem nome de santo e porque gostamos da Tarsila. E de pastel, mas nunca de palmito.
Então, feliz aniversário, antigo vilarejo de San Pablo! Brindamos seus anos com um uísque metidinho! Adivinhe de onde.
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12 Comentários:
Prrrrrimerrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...
Por
Anônimo, às 8:20 PM, janeiro 25, 2008
... milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor
Por
Sekka, às 11:51 PM, janeiro 25, 2008
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Por
Sekka, às 11:58 PM, janeiro 25, 2008
Dr. Banner, o óleo de Tarsila não encontrei, então no lugar foi desenho de Anita Malfatti. Estava confuso, corrigido está.
Por
Anônimo, às 12:33 AM, janeiro 26, 2008
E não adianta, tem que ser pastel de feira e que ao lado tenha banquinha de caldo de cana. E tem que ser de carne! Antropofagicamente, de carne! Sou um abaporu!
Por
OLIVEIROS, às 1:01 AM, janeiro 26, 2008
Nota de esclarecimento
Esclareço nesta nota de esclarecimento, e quero que fique bem esclarecido.Ninguem me comeu este ano, ainda...o que não me deixa muito feliz, então, cuidado!posso me tornar perigosa, muito perigosa.
ps:nem li o post.
Por
Cláudia, às 3:02 PM, janeiro 26, 2008
São 2h30 ... hic! e acho que ... hic! fui... hic! batizado ... hic, hic!
Por
Anônimo, às 10:30 PM, janeiro 26, 2008
vcs vão me desculpar, mas eu estou extremamente extasiada com esse blog.. essa revista, esse espetáculo da comunicação.
Virei fa!!! Vou contá pra todo mundo e vou ler isso todos os dias...
parabens amigos cientistas!
abrações.
Por
Unknown, às 8:41 AM, janeiro 27, 2008
Aê, Alemão! Mas não acertou de primeira...
Alice, eu sabia tocar esta música, mas quebrei meu violão num acesso de fúria verde. Deixaram o requeijão fora da geladeira, sacumé...
Anita, meus olhos são maus olhos, mas te vêem com bons olhos. Numa praia, nossos olhos nos veriam a óleo. Numa oficina mecânica, também. Quer comprar um fusca?
Oliveiros, pastel de pizza! Ou o especial de Bauru! Sempre com caldo de cana, lógico. Não é engraçado um bambu dar caldo?
Cláudia, como doutores, estamos sempre à disposição para resolver qualquer problema. Mas vai ter que ler o post, porque a gente se dá valor.
Faroleiro, bêbado em serviço, cacete? E nem me chamou, porra?!?!
Fran, deixei recado na sua casa, que é mais do que convidativa. Serei habitée. Faz pastel?
Amplexos, erratonautas!
Por
Dr. Banner, às 10:06 PM, janeiro 27, 2008
Fiquei comovido. Um texto em minha homenagem!
Por
Anônimo, às 11:27 PM, janeiro 27, 2008
gay não gosta de pastel de palmito, mas sim de pastel de palreal... ops... acho que vocês também disseram que não gostam de pastel de palmito. Tá bom, essa foi uma bosta, mas “apelou perdeu!”, como diz JK, aliás, vocês poderiam explicar qual a relação entre JK e JFK?
Por
Anônimo, às 1:34 AM, fevereiro 05, 2008
Já que vocês falaram tanto de São Paulo vou falar um pouco da minha terra.
Vocês sabem porque Minas Gerais não tem mar?
...
...
...
Não sabem?
...
...
Bem, é porque todas vez que os mineiros rezam o “Pai Nosso” eles dizem “...livrai-nos do mar, amém!”
Por
Anônimo, às 1:44 AM, fevereiro 05, 2008
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