O Salmão da dúvida
Quando Deus decidiu dar cabo disso aqui, Ele disse: “Faça-se a luz!” Olhou para os lados preocupado, mas não havia mais ninguém. Respirou aliviado e tentou novamente: “Atchim!” E assim, por três dias, uma chuva de peixes castigou a Terra. Traíras, para ser bem específico.
- O pior é que eu gosto de robalos!
Este é nosso personagem principal. Conseguiu atravessar incólume a divina tempestade.
- Que bom que não foi uma chuva de peixe-espada, né?
Um dia, à rua forrada de peixes, saiu para fumar um cigarro.
- Peraí... Isto aqui não é uma traíra... É um... Salmão!!!
- Olha, é mesmo...
Este foi nosso personagem coadjuvante. Ele morre agora.
- Agora? Agora não! Eu... ARGH!, MEU CORAÇÃO... eu... gostava... de... salmão...
Um fato muito estranho. Um salmão ali, em meio a montes e montes de traíras. Intrigante, no mínimo. Aquele salmão suscitava muitos questionamentos metafísicos:
“Deus teria errado?”
“Será uma prova de fé?”
“Ele ainda não perdeu esta mania metafórica?”
Curiosamente, nenhuma destas questões passou pela cabeça de nosso personagem principal. Sujeito concreto, sua dúvida era algo mais urgente:
- Pô, por que não veio um robalo...?
Essa, Deus ouviu. Ouvido absoluto, coisa fina. E ficou puto. “Atchim!” Por isso choveu azeite balsâmico por três dias. Nosso personagem principal não gostou:
- É que sou alérgico...
Deus sabia. Mas seus desígnios são um mistério. Menos para o nosso personagem principal.
- Traíras e azeite balsâmico... Deus, é por causa de Hiroshima?
Deus não gostou. E em uma chuva de batatas, nosso personagem principal encontrou seu fim.
- Batatas... Senhor... Eu entendi... O Senhor... é... inglês...
- E você – Atchim! –, barítono.
Ouvido absoluto, eu disse.
- O pior é que eu gosto de robalos!
Este é nosso personagem principal. Conseguiu atravessar incólume a divina tempestade.
- Que bom que não foi uma chuva de peixe-espada, né?
Um dia, à rua forrada de peixes, saiu para fumar um cigarro.
- Peraí... Isto aqui não é uma traíra... É um... Salmão!!!
- Olha, é mesmo...
Este foi nosso personagem coadjuvante. Ele morre agora.
- Agora? Agora não! Eu... ARGH!, MEU CORAÇÃO... eu... gostava... de... salmão...
Um fato muito estranho. Um salmão ali, em meio a montes e montes de traíras. Intrigante, no mínimo. Aquele salmão suscitava muitos questionamentos metafísicos:
“Deus teria errado?”
“Será uma prova de fé?”
“Ele ainda não perdeu esta mania metafórica?”
Curiosamente, nenhuma destas questões passou pela cabeça de nosso personagem principal. Sujeito concreto, sua dúvida era algo mais urgente:
- Pô, por que não veio um robalo...?
Essa, Deus ouviu. Ouvido absoluto, coisa fina. E ficou puto. “Atchim!” Por isso choveu azeite balsâmico por três dias. Nosso personagem principal não gostou:
- É que sou alérgico...
Deus sabia. Mas seus desígnios são um mistério. Menos para o nosso personagem principal.
- Traíras e azeite balsâmico... Deus, é por causa de Hiroshima?
Deus não gostou. E em uma chuva de batatas, nosso personagem principal encontrou seu fim.
- Batatas... Senhor... Eu entendi... O Senhor... é... inglês...
- E você – Atchim! –, barítono.
Ouvido absoluto, eu disse.
Marcadores: humor nonsense, peixes, religião
10 Comentários:
Talvez Deus quisesse apenas confirmar o que eu sempre digo: Salmão é peixe, não é cor.
Por Anônimo, às 1:45 PM, setembro 18, 2007
Cara d sapo, cuidado: por seis dias, deus foi decorador.
Por Dr. Banner, às 3:45 PM, setembro 18, 2007
Minha primeira visita qui.
Confesso que estou impressionado com a beleza poética dessa história.
Vou tirar os resto da semana para meditar sobre o que li aqui.
Por Marcelo Salomão, às 5:18 PM, setembro 18, 2007
Mano Rambone! Volte na quinta, teremos peixe novo. Digo, peixe. Não, porra, PEIXE! Cacete, deus me deixa escrever... POST!!! Teremos post novo! ATCHIM!!!
Por Revista Errata, às 5:27 PM, setembro 18, 2007
Rsrsrs, o engraçado disso tudo é que... que... o engraçado é que... Porra! Esqueci o que eu ia falar!
Por Anônimo, às 9:42 PM, setembro 18, 2007
O Tsunami deve ter sido ressaca Dele, provavelmente.
Por Walter Carrilho, às 7:43 AM, setembro 19, 2007
Nope! Foi coriza, Walter.
Por Dr. Banner, às 12:37 PM, setembro 19, 2007
Ah eu desconfio que Deus seja brasileiro, viu? E pior, torce pro São Paulo ...
Por Anônimo, às 4:23 PM, setembro 19, 2007
Pô Adri, então ele é mesmo onisciente...!
Por Dr. Banner, às 4:52 PM, setembro 19, 2007
Richarlyson filho de Deus? Deus é Richarly?
Por Dr. Albieri, às 11:50 AM, setembro 20, 2007
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