O trânsito

O trânsito é engraçado.

Mas o trânsito não é tão engraçado quanto ver “ER”. Ou só eu acho “ER” engraçado? O ponto é que eu me acho uma pessoa completamente normal (eu ia chegar nisso com o papo do trânsito, mas ia demorar muito) ou, como dizem os americanos, “ordinary”…

Or-di-na-ry, yes.
Sim, normal. Fiz uma pesquisa na Internet pra saber o que é uma pessoa normal e o que descobri foi um monte de gente que odeia a normalidade ou que está tentando provar que ser normal é ruim. Or-di-na-ry.

Descobri também que ser normal é não achar “ER” engraçado… Só eu? Normal com ordinary dá nordinary.

Eu sou tão normal que sei perfeitamente que se eu iniciasse todas as palavras acima com a letra “b”, ninguém entenderia nada. Bor-di-na-ry.

Dirigindo, eu também sou normal. Boutro dia eu estava branqüilo em um bengarrafamento, logo atrás de um bônibus, e vi que o brânsito não ia sair baquilo.

Peraí, mordi a lingua… Isso me fez lembrar um episódio do “ER” onde o doutor Mark mordeu a língua e descobriu que estava com câncer de próstata, hahahahahaha.

Bom, de repente, um anormal deu uma bela buzinada para o trânsito. Ele estava uns vinte e sete carros atrás de mim e, enquanto eu contava o vigésimo quinto, deu outra buzinada. Estava tão longe de mim que não ouvi um “bííííí”, com “b”, mas sim um “i”, sem “b” e com quatro “is” a menos. Eu não consegui entender o que ele quis dizer com aquilo, então dei risada. O trânsito é engraçado.