quarta-feira, outubro 31, 2007

Quatorze anos sem Federico Fellini

[ Não posso ficar nem mais um minuto sem meu BIG Trem ]

Morreu de insônia, esperando o trem das oito e meia.
Maldito horário de verão!

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segunda-feira, outubro 29, 2007

As três Marias

A história de três mulheres chamadas Maria e de dois caras chamados André e de oito Antônios, vinte e quatro Alices, quarenta e três Rodrigos, cento e dezesseis Otávios e quinhentas e setenta e sete Analys.

Maria é cabeleireira, tem vinte e nove anos, é mãe de dois e solteira. Maria é psicóloga - nossa amiga, diga-se de passagem - tem vinte e nove anos, é casada. E Maria é atleta, tem vinte e nove anos, tem um filho e é casada. A única coisa que essas três Marias têm em comum é o nome… e a idade… e são amigas… e… são trabalhadoras… e têm um primo... chamado… Flávio…

Certo dia, no salão, Maria resolve perguntar pra Maria se era ruim ser mãe solteira. Como se não bastasse, perguntou também se Maria tinha planos para aquela noite, o que soou meio…

Maria riu, disse que não e resolveu saber o motivo da pergunta. “Por quê?”, disse Maria.

E Maria respondeu: “Ih, nada. É só uma pergunta inocente, eu não tô querendo saber se você topa fazer sexo comigo e com meu marido, ou coisa parecida...”

E ficou um clima meio…

Maria entrou no salão bem na hora da discussão e teve a reação mais inusitada que alguém poderia ter em relação ao ménage: ela soluçou. Foram mais de vinte e cinco vezes soluçando num período de quatro minutos, e isso irritou a todos. Aquele barulhinho agudo e sem sentido é sempre meio…

Nisso entra Flávio, chutando a porta e gritando “Chewbacca!” Ato reflexo, Maria, a atleta, tocou o solo com a perna de impulsão, exerceu uma tensão elástica com a perna de projeção e voou numa combinação de três saltos mortais sucessivos, terminando em uma queda na caixa de esmaltes. O soluço sumiu.

Maria reclama: “Tinha que ser o Flávio mesmo, esse menino é meio…”

Assim, todas resolveram pintar as unhas de vermelho só pra dizer que agora, têm mais coisas em comum do que antes.

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quinta-feira, outubro 25, 2007

A verdadeira História da história da estória...

- Era uma vez um castelo no meio da floresta, onde...
[Pode ser uma casinha?]

- Era uma vez uma casinha no meio da floresta, onde vivia uma linda mulher que...
[Não pode ser uma mulher mais madura?]

- Ok.
- ...uma senhora de idade que esperava seu príncipe encantado no alto da torre da casinha, com suas longas tranças debruçadas à janela e que chegavam a tocar o chão de tão...
[A casa não pode ser térrea? Tenho medo da senhora não conseguir subir as escadas.]

- ...a senhora esperava na janela da cozinha. Enquanto isso, a caminho dali, o príncipe avançava pela floresta em busca de sua amada... senhora.
[O que acha de, no lugar do príncipe, uma menininha? Pode ser a neta da senhora.]

-...a caminho dali, uma menininha vai com seu cavalo...
[Vai a pé, vai?]

- Vai a pé.
[E levando uma cestinha cheia de doces?]

- É... e levando uma cestinha com doces dentro.
[Ela usa um vestido pink?]
- Nem fodendo.
[Vermelho, então?]

- ...um vestido vermelho. Sua entrada na casa é inusitada: ela pede para a vovó jogar as tranças pela janela da cozinha...
[A menina vai subir pelas tranças?!?! Mas cabelo de gente idosa é fino. Tô falando, ela vai cair.]

- Entra pela porta e não se fala mais nisso.
[Faltou o cabelo que... cê sabe, cabelo de velho tem que ser curto, encaracolado, roxo...]

- Depois a gente vê esses detalhes... Ela entra em casa pela porta e beija a sua avó na boc... Não... Tá, eu sei, não ficou bom... Dá pra parar de fazer essa cara?
[Não falei nada.]

- Ao entrar em casa, a garotinha encontra a vovó deitada na cama...
[Podia não ser a vovó, né? Bota um troço mais inusitado, uma coisa mais "floresta".]
- Tipo... um lobo?
[Vai daí.]

-...que está vestido com a roupa da vovó.
[Mas por quê?]
- Sei lá, porque ele comeu a vovó e agora quer comer a netinha, talvez...
[Essa história tem classificação etária?]
- Calma. Até que chega um cavaleiro e...
[Mais "floresta", mais "floresta"...]

-...chega um lenhador! E mata a garota, quer dizer... a velhinha! Não! Mata o lobo e... FIM.
[Humm... Só mais uma coisa... a gente acha que o papel da garotinha seria uma boa oportunidade para a volta da Britney Spears.]

- O quê?! Mas... ela não surtou? Ficou louca? Não cortou o próprio cabelo?
[Pois é.]
- E como a gente vai fazer com a careca dela?
[Se vira!]

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segunda-feira, outubro 22, 2007

ENTREVISTA 043: Maurício Ricardo (Charges.com.br)

 [ Entrevista com Maurício Ricardo ]

Maurício Ricardo Quirino, um lindo nome composto e também um seminovo pai de família, que atuou como jornalista por profissão, mas que agora gosta de fazer rir por opção e enriquecimento lícito. Por que não? Ele também toca baixo, canta e encanta com seu sorriso... Na boa, isso é realmente necessário? Criador do site de humor Charges.com.br (campeão de acessos e do XI Torneio Interestadual de Truco, realizado em Belo Horizonte) é ele mesmo que faz praticamente tudo por lá: desenho, animação, roteiro, música, voz, dança de salão, expressão corporal, entre outros. Com isso, contribui para o alto índice de desemprego de Uberlândia (MG), segundo balanço divulgado, recentemente, pelo Ibope/NetRatings. Agora misture tudo isso a uma boa dose de humor crítico até obter uma massa homogênea. Despeje uma colher (sopa) da massa em formas individuais e está pronto pra ser servido!
Nesta entrevista, Maurício conta como faz para manter sua franja sempre lisinha e fala mais sobre suas inspirações para criar uma nova charge todos os dias. Isto envolve sua jeitosa secretária: uma loira fogosa com boca de veludo.


Revista Errata - Maurício, você tem uma seção no site em que responde aos e-mails dos internautas e, invariavelmente, surgem pedidos de aconselhamento. O que você aconselharia pra pessoas que, como nosso estagiário, foram demitidas porque assistiam a uma charge sua em horário de expediente?
Maurício Ricardo - Vire um empreendedor. Monte seu próprio negócio. Livre-se de patrões idiotas que querem controlar o que você vê na Internet. Tenha a liberdade de navegar o dia inteiro se quiser, e descubra que nunca mais terá tempo pra isso.

Revista Errata - Quais são as sete maravilhas de Uberlândia pra você não sair daí de jeito nenhum?
Maurício - 1- Apartamento em frente de uma praça bucólica, a dois quarteirões do estúdio e quatro quadras de um shopping com dez cinemas. 2 – Ganho diariamente em produtividade aquelas duas horas que os paulistanos e cariocas perdem no trânsito. 3 – Churrascaria rodízio com picanha maturada, ótimas guarnições, lugar bonito e ar condicionado por R$ 10,90 no jantar. 4 – Sogra legal, que cuida das crianças pra eu viajar com minha mulher. 5 – Tempo de almoçar com os meninos e busca-los na escola. 6- É muito mais difícil fazer qualquer coisa escondido. Isso ajuda a manter o casamento. 7 – London Pub, bar de rock onde toco com diferentes bandas há quase 20 anos.

Revista Errata - Já rolou um encontro casual com algum dos políticos homenageados nas suas charges? Não precisa falar dos mortos, não queremos comprometê-lo.
Maurício - Claro que não. Onde iria encontra-los? Urubu não voa com pomba! Mas já fui processado pelo Maluf e pelo Quércia, o que muito me orgulha.

Revista Errata - Maurício, você sentiu minha falta?
Maurício - Não. Fui logo no Jô e no Marcelo Tas, porque tenho minha dignidade e a fila anda.

Revista Errata - Em 2004, você lançou um livro, o "Jeitosinha, mas Vagabunda" e hoje o seu trabalho ultrapassou a barreira entre Internet e televisão; ainda assim, você não abandonou a web. A Internet é mesmo o espaço mais democrático para publicação independente? Você tem 94 palavras para responder esta pergunta.
Maurício - Não abandonei a Internet por vários motivos, inclusive porque ela ainda é meu principal ganha pão: O livro foi um fracasso de vendas e a TV dá muita exposição e pouco dindim. Mas claro, ainda que eu ganhasse a Mega Sena acumulada, jamais abandonaria a web antes dos internautas me abandonarem. Tenho muito orgulho de fazer parte da história da Internet brasileira. Cheguei numa fase muito interessante, quando ainda não havia quase nada e, por isso, ninguém estava preso a paradigmas. Pronto. Estão aí suas noventa e quatro palavras, considerados os artigos e conjunções.

Revista Errata - Maurício, a existência de Honduras não te perturba?
Maurício - Não me encostando, tudo bem.

Revista Errata - Então me diz o que mudou no processo de criação das charges animadas, do início do site até hoje? E o que mudou em seu âmago durante o processo desta entrevista, do início até agora? Pera aí, âmago não é sinônimo de glúteos, né?
Maurício - Não, mas as Honduras podem atingir o âmago dos seus glúteos, se você for chegado. Quanto à Internet, mudou muita coisa. Muda tudo todo dia, numa velocidade alucinante. Por isso é que eu tenho que caminhar, meditar e de vez em quando tomar uns remedinhos.

Revista Errata - Certas coisas, a gente acha que só acontece com os outros. Você, como pai de dois filhos, pode ser que até evite pensar na possibilidade remota disto vir a acontecer - pelo embaraço e certa decepção que a descoberta tende a gerar - mas enfim, qual seria sua reação se, um dia, um filho seu resolvesse se assumir e lhe confessasse: "Pai, eu sou emo”?
Maurício - Sou um pai liberal. Mas acho que a pessoa só pode ter vícios quando tem condições financeiras para arcar com eles. Eu jamais pagarei uma escova progressiva.

Revista Errata - Faz um versinho para os nossos leitores?
Maurício - Este verso que lhes dou / Não é o melhor que eu tenho / Meus versos bons sempre guardo / Pra usar em algum desenho.

BATE-BOLA:
- Charles Schultz

Viva o Charlie Brown que não é júnior!
- Políticos brasileiros
São o Brasil de gravata.
- O alfabeto grego
Entendo melhor de churrasco grego.
- Pão de queijo
Tá na cesta básica.
- Diogo Mainardi
Já que não tá usando, me empresta o apartamento de Veneza?
- A espinha e a fimose
Memórias exacerbadas.

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quinta-feira, outubro 18, 2007

O mito da destruição da humanidade como base

"Manoel está de viagem para a Europa. Vai para o aeroporto levando um monte de bagagens. Quando está para embarcar, vê um amigo brasileiro que é fiscal da alfândega. Este gritou, de longe: - E aí, Manoel? Tudo jóia? - Tudo não! Metade é cocaína!"
(Ary Toledo)

A endorfina é um neurotransmissor fino, descoberto pelo filipino Ricardo Endorfine numa mina, cantando o hino, com seu menino, à base de anfetamina. Assim como a noradrenalina, a acetilcolina e a dopamina são duas substâncias químicas utilizadas por um sistema nervoso e grosso.

Ao contrário da endorfina, a endorgrossa é um neurotransmissor grosso que causa hemorragia e mata. Por coincidência, foi descoberta por um filipino chamado Ricardo Endorgrosse num poço, xingando um moço, com uma tosse à base de mucossolvan. É, por ironia, utilizada por um sistema fino e fresco.

Infelizmente, a endorfina é produzida na hipófise, liberada no sangue e distribuída no ar em forma de gases, que são hoje a principal fonte de alimentação do aumento da temperatura e, conseqüentemente, do aquecimento global.

Se você digitou "aquecimento global" no Google e veio parar aqui, a culpa não é minha.

Hormônios como o GV (Geraldo Vandré) e o ACM (Antônio Carlos Magalhães) estimulam a produção de adrenalina e cortisol, fazendo com que a pessoa derreta a partir do pé esquerdo.

O Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, criado pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial em 1988 diz, em seu relatório mais recente, que é tudo culpa do Ary Toledo. Tanto a Associação Americana de Geologistas de Petróleo, como o Juca Chaves, não concordam. Mas assim, não concordam em parte, porque são pessoas finas. E você, cuide da sua hipófise.

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segunda-feira, outubro 15, 2007

Além da lenda... Uma história sem.

Numa época em que as pessoas falavam de forma rebuscada e articulada (aliás, elas adoravam os verbos "rebuscar" e "articular", em uma ordem sempre pré-definida), um grande terror estava prestes a aterrorizar de forma terrível e nada requintada a vida dos articulados moradores daquele vilarejo...

(...)

Não disse que estava prestes a aterrorizar? Tá esperando o quê? Humm... Agora? Pode?

Foi então que ele surgiu de um denso nevoeiro de tom avermelhado, formado por gelo seco com groselha, berrando de forma assustadora:

- Alôôôôôôôô... lôôô-lôô-lô... Testando, sommmm... sommm-somm-som...

Sim! Não esperem muita coisa: ele era o Cavaleiro Sem-pé-nem-cabeça.

Segundo diz a lenda, montado em seu alasão negro feito de madeira nobre, com um imenso chapéu que lembrava uma panela de aço reluzente e calçando sandálias anatômicas da marca "Ipanema"... Pera aí, me perdi... Posso começar de novo?

Era uma vez três porquinhos... NÃO! Dois cachorros, um chamado "Rex" e o outro "Repete". O Rex morreu, qual que ficou? Hum?

Era uma vez três mosqueteiros... NÃO! Dois cachorros, um chamado "Rex" e o outro "Repete". O Rex morreu, qual que ficou?

Hahahahahahahaha... Ainda tenho direito a escrever 15.000 caracteres. Sobre o que vocês gostariam de falar? Vocês viram aquela bagunça no Senado? A Mônica Lewinsky posou nua, né? Que coisa maluca...

Temendo encontrar o cavaleiro e aquele cheiro insuportavelmente adocicado de groselha, os camponeses daquele vilarejo citado ali em cima evitavam sair de suas moradias em noites de lua nova. Quem estiver esperando resultados e desfechos de processos legais, como sentenças judiciais, também deve se preocupar durante a lua nova porque Mercúrio entrará em retrogradação, como diriam os moradores daquele lugar.

Rex, nome verdadeiro do Cavaleiro, tinha fome de vingança, mas não dispensava um cachorro-quente (Um não, váááários! Ele sempre repetia).

Aquele povo que falava bonito e vivia de maneira regrada, via-se impotente diante daquele massacre descabe... descabido e, com razão, tinha total pavor do desconhecido, pois eu nunca mencionei sequer o motivo pelo qual Rex teria morrido e, conseqüentemente, o motivo de sua vingança.

Atarantada por perceber que seria a próxima vítima do aleijado carniceiro espectral, Madeleine fazia suas últimas preces, mas o inesperado aconteceu.

Num ato de incrível compaixão, o Cavaleiro inclinou-se em direção à linda e meiga dama de cabelos loiros e disse:

- Alôôôôôôôô... Isso aqui tá ligado?!

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sexta-feira, outubro 12, 2007

Errata Passatempo

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terça-feira, outubro 09, 2007

Tuscu

E um alienígena resolveu fazer contato com um ser humano, assim, do nada:

- Olá, ser inferior!, disse o magro andrógeno de olhos grandes e braços longos.
- Olá!, disse o humilhado ser humano de nome Walter.
- V-você é um alienígena?
- Sim! E você deve estar com medo de mim, mas não precisa.
- Como você é hostil!
- Não sou hostil, sou direto, assim são os seres superiores.
- Ah, é verdade... Eu já tinha ouvido falar que os seres humanos são atrasados em relação a vocês, mas nunca soube bem o porquê…
- É simples: coma um pedaço.
- Ué, de onde apareceu esse bolo de fubá?
- Enquanto você pensou em vir com a farinha…
- Uau… Tem até creminho! Por isso então aquelas imensas figuras geométricas em milharais!
- Não eram milharais... eram campos de trigo, cevada, aveia ou canola. E eu vim para te abduzir.
- Mas... Logo eu? Se você sabe até fazer bolo de fubá com creminho porque precisa abduzir pessoas?
- Na verdade, quem fez este bolo foi a minha avó.
- Espera, antes me responda: por que razão da natureza vocês alienígenas precisam de olhos tão grandes e de braços tão longos? E por que as naves são sempre redondas?
- Vocês seres humanos são tão atrasados… (risos extraterrestres)
- Sim, disso eu já sei.
- É simples! No início da nossa espécie, nos demos conta de que tudo que precisávamos era de armários grandes e altos. Eram muitos livros para serem organizados. O esforço pra alcançar nossos livros de títulos começados com a letra “A” fez com que evoluíssemos para seres com braços muito mais compridos.
- "A", digo, “Ah”… E os olhos?
- Não, isso é elefantíase mesmo.
- E por que…
- Já sei o que você vai perguntar.
- Sabe?
- Sim, você vai me perguntar porque os discos voadores são redondos. Viu como você é atrasado?
- Mas eu já tinha perguntado isso, eu só ia perguntar de novo.
- Hmmm… quer um pedaço de bolo?
- Hã... Não, obrigado.
- Tem certeza? Tá muito bom. Saiu agorinha do forno.
- Você não vai responder?
- São redondos porque são discos voadores, ué! Se tivessem a forma de flechas, seriam flechas voadoras, não?
- Faz sentido... Mas por que tanto mistério e segredo pra fazer contato?
- Porque senão todo mundo vai saber da existência de seres alienígenas e se todo mundo souber… os seres humanos, eles… eles podem… explodir!
- Explodir apenas por saber que vocês existem?
- É. Eu gosto de bolo, mas se os seres humanos começam a explodir, vai saber o que pode acontecer…
- Mas... Eu não explodi...
- Ai, assopra meu olho, por favor!
- Que foi, ET?! Esse é seu nome, né?
- É, sei lá... Porra, um cisco! Deve ter entrado um cisco, acontece toda hora! Assopra, pô!
- MEU DEUS! Não é um cisco, é um rato!
- TIRA, TIRA, TIRA!
- Peraê!
(tapão)
- Ai! Caralho! Filho da puta!
- Ei, calma, já saiu!
- (bufa) Ok, obrigado. Quer um pedaço de bolo?
- Hã... Não, eu tenho que voltar pra casa. Aliás, tô atrasado.
- Aham, como todos os humanos. Mas pra quê você vai voltar pra casa? A gente vai destruir o planeta!
- Pra quê digo eu!
- Você é chato sabia?
- Olha, eu não quero que você tenha uma má impressão dos humanos. Eu vou jogar bola logo mais e a gente tá precisando de um goleiro de braços longos. O que você acha se…
- Eu gostaria muito.
- A galera vai achar o máximo experimentar um pedaço de bolo da sua avó.
- Sério?

Os dois vão andando em direção ao pôr-do-sol, conversando e dando risadas.

- Ai! Assopra, assopra! ASSOPRA!

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segunda-feira, outubro 08, 2007

Trivia Errata

Quando você quer chamar uma pessoa que está longe, em um lugar onde não se pode gritar, você:

a) ...arregala os olhos e mexe a cabeça até a pessoa te ver;
b) ...estica os braços;
c) ...faz um X com o corpo e mexe os braços pra um lado e pro outro;
d) ...grita;
e) ...escreve uma frase;
f) ...escreve um poema;
g) ...escreve um livro;
h) ...alternativa "c";
i) ...depois de escrever o livro, joga na cabeça da pessoa;
j) ...joga a caneta que estava escrevendo o livro;
l) ...joga a caneta e o livro;
m) ...alternativa "c";
n) ...arregala os olhos, mexe a cabeça, estica os braços, faz um X com o corpo, balança os braços pra um lado e pro outro, grita, escreve uma frase, escreve um poema, escreve um livro e joga tudo na cabeça da pessoa junto com uma bolinha de papel;
o) ...olha pra cima;
p) ...olha pra cima!;
q) ...OLHA PRA CIMA ANIMAL!!;
r) ...BLAM!;
s) ...eu te avisei…
t) ...fica incomodado porque a pessoa não te vê;
u) ...não fica incomodado porque a pessoa não te vê e vai embora;
v) ...fica incomodado porque a pessoa não te vê e vai embora;
x) ...não fica incomodado porque a pessoa não te vê, não vai embora e faz o Moonwalk;
z) ...alternativa "c".

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sexta-feira, outubro 05, 2007

Errata Passatempo

Pra você baixar, imprimir e se divertir neste final de semana, necessariamente nesta ordem. O leitor que primeiro resolver o enigma deve enviar um e-mail para a redação e escrever no assunto a frase "Me, mim, comigo". No corpo do e-mail, o leitor deverá enviar uma receita de salpicão de frango e o endereço de uma padaria 24 horas. Boa sorte e bom divertimento!

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quarta-feira, outubro 03, 2007

Dead like me

Àquela altura da madrugada, os mortos-vivos descansavam todos. Eu sei disso porque gravei o áudio, você quer ouvir?

[PLAY]
- shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhROARGHshhhhhhh...
[STOP]

Ah sim, menos o morto-vivo Macedo. Você quer ouvir por que ele não dormia?

[PLAY]
- shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhBEM-TE-VIshhhhhhBEM-TE-VIshhhhhh...
[STOP]

Espera...

[FOWARD]
[PLAY]
- shhhhhhhhhhhhhhBEM-TE-VIshhhhhhBEM-TE-VIshhhhhhROOOOOONC!shhhhh...
[STOP]

Aí! O morto-vivo Macedo não conseguia dormir porque tinha fome. Todos os seus companheiros mortos-vivos dormiam fastiados, as barrigas recheadas com braços, pernas, vísceras, cérebros, próteses de silicone e discos do Lenine, mas o morto-vivo Macedo, não. Ele era vegetariano. Tão shiita em relação ao consumo de carne vermelha que, quando um morto-vivo lhe oferecia carne, Macedo sempre tinha na ponta da língua, um discurso afiado:

[PLAY]
- shhhhhhhhhhhhhhhhhhhROARGH!
[STOP]

Como não comia carne, saciar sua fome incontrolável dava trabalho. Comia samambaias como jujubas. Quando almoçava bem, devorava florestas inteiras, plantações e canaviais de sobremesa. Os outros mortos-vivos o olhavam com desprezo, e sempre troçavam de Macedo:

[PLAY]
- shhhhhhhhhhhhhhhhhhhROARGH!
[STOP]

Enfim, não era fácil.

E mais difícil se tornou porque, com o passar dos anos, Macedo havia transformado o Amazonas em um deserto. Comeu tudo o que fazia fotossíntese. Menos as urtigas. Por isso estava nas últimas e já se preparava para o seu destino final quando, na madrugada do primeiro parágrafo, uma nave desceu dos céus e pousou no meio do deserto. Macedo achou aquilo muito estranho.

[PLAY]
shhhhhhhhhhhhhhBEM-TE-VIshhhhhhBEM-TE-VIshhhhhh ROARGH!!shhhhh...
[STOP]

Da nave saíram pequenos humanóides com enormes olhos pretos, braços compridos e finos e cabeças que pareciam desproporcionais em relação ao corpo. Macedo então olhou para aqueles estranhos seres e, pela primeira vez em anos, sorriu:

[PLAY]
- shhhhhhhhhhhhhhhhhhhROARGH!
[STOP]

Eles eram verdes.

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